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"Dr. Bumbum" trabalhou no Planalto e em hospital Militar

Passagem pelo Planalto foi rápida, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade

Exército: além do Planalto, o "Dr. Bumbum", atuou em Hospital Militar, e serviu no Hospital das Forças Armadas (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de julho de 2018 às 14h28.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 14h46.

O médico Denis César Barros Furtado, o Dr Bumbum, trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008. A passagem pelo Planalto foi rápida, apenas um mês, de setembro a outubro de 2008, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade e oferecer realização de procedimentos estéticos a quem foi atendido, criando queixas entre pacientes, conforme apurou o O Estado de S. Paulo.

O Planalto confirma que Furtado trabalhou na Presidência da República, mas "não integrou o quadro" da Coordenação de Saúde.

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A assessoria não informou, no entanto, se chegou a ser instaurada alguma investigação para apurar o comportamento do médico. De acordo com dois servidores, a insistência do médico em falar sobre questões estéticas e principalmente em fazer exames mais detalhados nas pacientes causou estranheza.

Furtado foi preso na quinta-feira da semana passada, juntamente com a mãe, Maria de Fátima Barros. Ele é investigado pela morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético de preenchimento dos glúteos, realizado em seu apartamento, no Rio.

O "Dr Bumbum" estava trabalhando como médico temporário no Exército, em Brasília, quando foi designado para prestar serviços na Coordenação de Saúde da Presidência da República. Na época, havia carência de médicos para atender os servidores e seus familiares e ele, apesar de ser temporário e não de carreira, foi reforçar o quadro. Furtado foi designado para trabalhar no pronto-atendimento do serviço médico do Planalto. Ele acabou devolvido ao Exército, sem que houvesse prorrogação do seu prazo de permanência na Presidência.

Outro caso. Furtado trabalhou também no Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB). Por causa de queixas sobre seu comportamento, não teve o contrato prorrogado. Como temporário, ele poderia ter ficado no Exército por pelo menos mais três anos.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Furtado é "ex-militar temporário, ingressou no Exército em 23 de junho de 2008 e foi licenciado por término de prorrogação de tempo de serviço em 31 de agosto de 2013". Ainda conforme o Exército "a partir daquela data, foram encerrados todos os vínculos com o Exército Brasileiro, passando para reserva não remunerada".

Quando era do serviço ativo do Exército, o Dr Bumbum, além do Hospital Militar, serviu no Hospital das Forças Armadas e no Posto Médico da Prefeitura Militar de Brasília.

No Rio, mais uma morte sob suspeita

Além do caso de Lilian Calixto, paciente do Dr. Bumbum, e da modelo Mayara Santos, a polícia apura uma terceira morte em oito dias envolvendo procedimentos estéticos. Adriana Ferreira, professora de 41 anos, morreu no dia 23, uma semana após implantar gordura nos glúteos com a médica Geysa Corrêa em uma clínica de Niterói. A defesa de Geysa nega ligação entre a morte e o implante.

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