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Doria quer levar banheiros móveis às feiras livres

Banheiros vão funcionar em carretas, que ficarão estacionadas no percurso das barracas para atender comerciantes e clientes nas feiras livres

João Doria: banheiros serão custeados pela iniciativa privada em troca de publicidade (Rovena Rosa/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2017 às 09h41.

São Paulo - A Prefeitura vai começar a testar nos próximos dias um protótipo de banheiro móvel para uso exclusivo em feiras livres. As unidades vão funcionar em carretas, que ficarão estacionadas no percurso das barracas para atender comerciantes e clientes.

Todas deverão ter ar-condicionado, pia e acessos independentes para homens e mulheres. Os modelos serão custeados pela iniciativa privada. Após o período de experimentação, a gestão João Doria (PSDB) quer ampliar o serviço por meio de concessão pública.

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Os banheiros móveis fazem parte da nova família de mobiliário urbano. Além deles, estão em testes dois protótipos de banheiros públicos fixos (no Largo do Arouche e na Praça Dom José Gaspar, no centro) e um quiosque de flores (na Praça Panamericana, na zona oeste).

O número total de novos equipamentos ainda não está definido, mas, segundo Doria, serão ao menos 800 banheiros fixos. Esses espaços deverão ter, obrigatoriamente, ar-condicionado, trocador de fraldas e espaço acessível a cadeirantes. No caso dos móveis, a quantidade vai depender do número de feiras por dia. A média hoje é de 145.

As carretas também deverão oferecer itens de higiene, como sabonete e papel toalha. Demanda antiga de feirantes, os banheiros foram promessa de Doria na campanha eleitoral.

Maria Yonaha, de 64 anos, duas vezes vencedora de concursos feitos pela Prefeitura de melhor pastel, elogia. "Isso é o que a gente mais quer: um banheiro por perto. De acordo com o local da feira, temos de andar mais de dez minutos para ir e voltar, ou então apelar para donos de botecos ou farmácias", diz a pasteleira.

Os feirantes com barracas na frente do Estádio do Pacaembu, na zona oeste, terças, quintas, sextas e sábados estão ente os que mais sofrem. No entorno da Praça Charles Muller não há muitos comércios de porta aberta. "É um dos locais que temos de andar muito, o que atrapalha o nosso trabalho."

Desenvolvidos pela empresa PeeBox, que doou os protótipos, os banheiros móveis podem atender de 400 a 650 pessoas durante quatro horas. Isso sem ligação externa para energia, água ou esgoto.

Publicidade

Para viabilizar o projeto, Doria já planeja encaminhar proposta de lei à Câmara pedindo aval dos vereadores para oferecer ao mercado, como contrapartida, a exploração dos espaços com fins de publicidade.

O formato do negócio visa a atender à empresa parceira pela produção e manutenção dos banheiros e quiosques. A venda de espaços determinados para anúncio já ocorre, por exemplo, com os pontos de ônibus e relógios de rua.

Caso tenha aval, a Prefeitura vai lançar ao menos uma licitação para definir o parceiro privado. Um estudo será feito pela gestão para definir se será um edital para cada mobiliário ou um para as três modalidades. A PeeBox poderá participar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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