João Doria: "não é hora de discutir Palácio dos Bandeirantes nem sucessão" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 09h26.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que não é responsável pela "operação esquenta" que aliados movimentam para viabilizar seu nome como candidato a governador do Estado nas eleições deste ano.
Questionado sobre a possibilidade, o tucano evita afirmar se está disposto ou não a concorrer à sucessão de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
"Eu não sou responsável pela operação esquenta", disse o prefeito, em entrevista na noite desta quarta-feira, 11, à TV Gazeta.
O termo foi usado pela jornalista Maria Lydia Albuquerque quando questionou o prefeito sobre o movimento que deputados estaduais e prefeitos tucanos que defendem a candidatura dele para o governo paulista estão conduzindo em diretórios do partido. "Não é hora de discutir Palácio dos Bandeirantes nem sucessão", afirmou o prefeito.
Doria, que já tentou se viabilizar para disputar a Presidência da República neste ano, reforçou seu compromisso com a candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto.
"Provavelmente, haverá prévia com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O PSDB é um partido democrático, se existir a prévia o governador vai disputar e vencerá."
Ele evitou criar polêmica com o senador José Serra (PSDB-SP), que também tenta ser o nome do partido para o Bandeirantes e que recentemente foi alvo de delação do ex-presidente da Odebrecht Pedro Novis.
O executivo acusou Serra de receber ou solicitar para o partido R$ 54,2 milhões ilícitos, o que o tucano nega. Doria classificou Serra como um "grande nome" e disse que quer continuar sendo prefeito e respeitar "figuras importantes" do partido.