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Doria diz que não vai aumentar tarifa de ônibus nem impostos

Segundo o tucano, apesar da queda nas receitas da Prefeitura é possível melhorar os serviços públicos, com uma melhor gestão e também por meio de privatizações


	SP: segundo o tucano, apesar da queda nas receitas da Prefeitura é possível melhorar os serviços públicos, com uma melhor gestão e também por meio de privatizações
 (Marcos Issa/Bloomberg)

SP: segundo o tucano, apesar da queda nas receitas da Prefeitura é possível melhorar os serviços públicos, com uma melhor gestão e também por meio de privatizações (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 15h45.

São Paulo - O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, afirmou nesta terça-feira, 2, em entrevista à Rádio Estadão que, se eleito, não vai aumentar as tarifas de ônibus e também não pretende elevar impostos.

Segundo o tucano, apesar da queda nas receitas da Prefeitura é possível melhorar os serviços públicos, com uma melhor gestão e também por meio de privatizações.

Apesar de dizer que não vai aumentar os preços dos bilhetes de ônibus, Doria também afirmou que não é possível implementar uma tarifa zero, como chegou a propor a candidata do PSOL, Luiza Erundina.

"Hoje a Prefeitura já gasta R$ 8 bilhões com subsídios para os ônibus, não há recurso para tarifa zero, é inviável. Falar isso é falta de responsabilidade fiscal e política, com todo respeito a Erundina", comentou.

Já sobre os impostos, o tucano afirmou que em hipótese alguma vai elevar o IPTU. Segundo ele, com uma boa gestão, economia de recursos, parcerias público-privadas e privatizações, a Prefeitura conseguiria gerar receita e se desonerar onde sua atuação não é necessária.

Doria disse que não é contrário a aplicativos de transporte, como o Uber, mas afirmou que é necessário regulamentá-los. "Havendo regulamentação, não vejo nenhum mal.

O que importa é o bem-estar da população". Ele disse que em Nova York existem cinco aplicativos desse tipo e mesmo assim a cidade tem a maior frota de táxis do mundo, sendo que todos convivem bem.

"O que não pode é ter regra para um e não ter para o outro. Com regulamentação, pagamento de imposto e fiscalização, sou a favor", explicou.

Ainda no tema transporte, o candidato do PSDB afirmou que, se eleito, a velocidade nas Marginais vai voltar ao patamar anterior, de 90 km/h na pista expressa e 70 km/h na local, na semana seguinte que ele assumir.

"Só não muda no dia seguinte porque precisamos atualizar as placas", assegurou. Segundo ele, a Prefeitura mantém uma "indústria da multa" que arrecada mais de R$ 1 bilhão por ano. "A índole principal da redução da velocidade não foi reduzir acidentes, foi gerar receita".

Política

Questionado se teme a presença do ex-presidente Lula na campanha de reeleição de Fernando Haddad (PT), Doria afirmou que não tem medo do líder petista.

Ele disse que recebeu uma notificação judicial relacionada ao processo que Lula está movendo, enquadrou o documento e colocou no quarto dos três filhos.

"Eu quero que eles saibam que o pai deles está sendo processado por um ex-presidente que é um covarde, que destruiu o País, deixou um legado de 12 milhões de desempregados - junto com o governo Dilma - e contribuiu para propagar a propinagem, a lavagem de dinheiro e as falcatruas", afirmou.

Já em relação ao presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), Doria afirmou ter um bom relacionamento com ele e disse que o peemedebista entrará para a história como o homem que pacificou o Brasil.

"Ele será celebrado por muitos anos como um grande presidente". Perguntado sobre a possibilidade de Temer se candidatar em 2018 à presidência, o tucano lembrou que o presidente interino nega essa hipótese. "Eu confio quando ele fala isso".

Doria disse que é contra a reeleição e garantiu que não tem outro objetivo político além da Prefeitura de São Paulo.

Nesse contexto, ele afirmou que as novas regras de financiamento de campanha são muito difíceis e possivelmente terão de ser revistas nas próximas eleições.

O candidato admitiu que está colocando recursos próprios na sua campanha, como a lei permite, embora acredite que essa não é uma alternativa positiva.

"Eu não advogo isso, não considero justo. Eu sou empresário, construí meu patrimônio ao longo de 45 anos de trabalho duro e hoje tenho o que desejo para investir (na campanha), mas e os que não têm?", questionou.

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