Doleiro aponta pagamentos da Odebrecht em Hong Kong
Laranja de Alberto Youssef também citou uma suposta dívida de US$ 7,5 milhões da empreiteira com o esquema
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 19h28.
São Paulo e Curitiba - Um dos laranjas de Alberto Youssef, o doleiro Leonardo Meirelles, confirmou à Polícia Federal que a Construtora Norberto Odebrecht usou a lavanderia de dinheiro mantida por eles, em Hong Kong , e citou uma suposta dívida de US$ 7,5 milhões da empreiteira com o esquema.
Interrogado no dia 17 pelo delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva, Mereilles indicou quais movimentações feitas na conta controlada por ele, em nome da offshore RFY Import & Export Ltd, em Hong Kong, foram feitas para lavar dinheiro ilícito. Parte desses valores seria originária da Odebrecht.
"Youssef possuía um controle sobre essas operações, observando que o mesmo vinculou os depósitos ao pagamento de uma dívida maior de 7,7 milhões de reais a serem pagos no exterior pela Odebrecht", registrou a PF na transcrição do depoimento de Meirelles.
Meirelles, que está condenado por ser usado como laranja de Youssef nas operações de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras, confirmou que 'as contas mantidas pela RFY Import e Export Ltd receberam diversos depósitos ordenados por Alberto Youssef, tendo este lhe informado que se tratavam de pagamentos ilícitos'.
Meirelles confirmou laudo pericial da PF que apontava os pagamentos feitos por Youssef na conta da RFY no banco Standart Chartered, em Hong Kong. Segundo ele, todos os valores "mais elevados" que entraram na conta da RFY "foram determinados por Youssef.
As movimentações de Youssef via conta da RFY envolviam tanto depósitos em moeda estrangeira no exterior como depósitos nas contas das empresas que controlava no Brasil. Recorda inclusive que Youssef mencionou que a Odebrecht lhe devia uma certa quantia e que seriam feitos diversos pagamentos para integralizar esse valor.
Meirelles apontou como contato de Youssef na Odebrecht uma pessoa conhecida como 'Naruto'.
Segundo revelou Rafael Ângulo Lopes - carregador de malas de dinheiro do esquema que entregava os números de contas e buscava os comprovantes nas sedes da empreiteira - 'Naruto' é o apelido de Cesar Ramos Rocha.
"Tais recursos foram disponibilizados a Youssef no Brasil, podendo ter utilizado as contas da Industria e Comércio de Medicamentos Labogen e Piroquimica Comercial", afirmou Meirelles.
As indústrias de medicamentos Labogen foram usadas por Youssef, com auxílio do ex-deputado André Vargas (ex-PT, hoje sem partido/PR) e de funcionários públicos para viabilizar contrato milionário com o Ministério da Saúde - o contrato não efetivado.
Segundo a Odebrecht, em relação ao depoimento de Leonardo Meirelles, "é essencial destacar que, no mesmo termo de declarações, o empresário assume não saber informar a origem dos depósitos que lhe foram exibidos e afirma que todo o controle era feito por Alberto Youssef. Ou seja, sua declaração não acrescenta nada em relação às afirmações caluniosas feitas anteriormente por réu confesso."
A construtora nega todas as acusações e "em especial, nega ter feito qualquer pagamento ou depósito em suposta conta de qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras. A CNO esclarece que não tem qualquer vínculo com as empresas mencionadas e que nunca fez qualquer pagamento para elas."
São Paulo e Curitiba - Um dos laranjas de Alberto Youssef, o doleiro Leonardo Meirelles, confirmou à Polícia Federal que a Construtora Norberto Odebrecht usou a lavanderia de dinheiro mantida por eles, em Hong Kong , e citou uma suposta dívida de US$ 7,5 milhões da empreiteira com o esquema.
Interrogado no dia 17 pelo delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva, Mereilles indicou quais movimentações feitas na conta controlada por ele, em nome da offshore RFY Import & Export Ltd, em Hong Kong, foram feitas para lavar dinheiro ilícito. Parte desses valores seria originária da Odebrecht.
"Youssef possuía um controle sobre essas operações, observando que o mesmo vinculou os depósitos ao pagamento de uma dívida maior de 7,7 milhões de reais a serem pagos no exterior pela Odebrecht", registrou a PF na transcrição do depoimento de Meirelles.
Meirelles, que está condenado por ser usado como laranja de Youssef nas operações de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras, confirmou que 'as contas mantidas pela RFY Import e Export Ltd receberam diversos depósitos ordenados por Alberto Youssef, tendo este lhe informado que se tratavam de pagamentos ilícitos'.
Meirelles confirmou laudo pericial da PF que apontava os pagamentos feitos por Youssef na conta da RFY no banco Standart Chartered, em Hong Kong. Segundo ele, todos os valores "mais elevados" que entraram na conta da RFY "foram determinados por Youssef.
As movimentações de Youssef via conta da RFY envolviam tanto depósitos em moeda estrangeira no exterior como depósitos nas contas das empresas que controlava no Brasil. Recorda inclusive que Youssef mencionou que a Odebrecht lhe devia uma certa quantia e que seriam feitos diversos pagamentos para integralizar esse valor.
Meirelles apontou como contato de Youssef na Odebrecht uma pessoa conhecida como 'Naruto'.
Segundo revelou Rafael Ângulo Lopes - carregador de malas de dinheiro do esquema que entregava os números de contas e buscava os comprovantes nas sedes da empreiteira - 'Naruto' é o apelido de Cesar Ramos Rocha.
"Tais recursos foram disponibilizados a Youssef no Brasil, podendo ter utilizado as contas da Industria e Comércio de Medicamentos Labogen e Piroquimica Comercial", afirmou Meirelles.
As indústrias de medicamentos Labogen foram usadas por Youssef, com auxílio do ex-deputado André Vargas (ex-PT, hoje sem partido/PR) e de funcionários públicos para viabilizar contrato milionário com o Ministério da Saúde - o contrato não efetivado.
Segundo a Odebrecht, em relação ao depoimento de Leonardo Meirelles, "é essencial destacar que, no mesmo termo de declarações, o empresário assume não saber informar a origem dos depósitos que lhe foram exibidos e afirma que todo o controle era feito por Alberto Youssef. Ou seja, sua declaração não acrescenta nada em relação às afirmações caluniosas feitas anteriormente por réu confesso."
A construtora nega todas as acusações e "em especial, nega ter feito qualquer pagamento ou depósito em suposta conta de qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras. A CNO esclarece que não tem qualquer vínculo com as empresas mencionadas e que nunca fez qualquer pagamento para elas."