Doleiro Alberto Youssef prepara biografia
O doleiro mais famoso da Operação Lava Jato quer eternizar sua história
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de agosto de 2017 às 08h53.
São Paulo - O doleiro mais famoso da Operação Lava Jato quer eternizar sua história. Alberto Youssef, que revelou, em delação premiada, detalhes do esquema de corrupção instalado na Petrobras , pediu ao juiz Sérgio Moro licença para ir a Londrina (PR), onde nasceu, buscar documentos que, segundo ele, vão ajudar a desenvolver sua biografia.
A defesa de Youssef relatou a Moro que o doleiro já fechou acordo com uma editora e um autor. Inicialmente, o pedido foi negado pelo magistrado.
Operador
Youssef foi preso na Lava Jato em março de 2014. A força-tarefa do Ministério Público Federal o acusou de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. O doleiro passou 2 anos e 8 meses na prisão. Deixou o cárcere em novembro de 2016 e está morando em São Paulo, onde cumpre regime aberto.
Segundo a defesa de Youssef relatou ao magistrado, os contratos do futuro livro "preveem que o autor deverá entregar os originais da obra até 31 de dezembro de 2017", além de tornar disponíveis documentos e colaborar com o biógrafo na elaboração da obra.
Viagem
Youssef queria ficar em sua cidade natal entre o dia 2 deste mês e esta segunda-feira, 7. O doleiro pediu autorização a Moro em 28 de julho sob a alegação de "razões pessoais e familiares". O Ministério Público Federal foi favorável ao pedido, mas o juiz não autorizou.
Ao negar a solicitação de Youssef, na terça-feira, o magistrado afirmou que a defesa não havia apresentado "quaisquer esclarecimentos sobre a necessidade da viagem". No dia seguinte, a defesa pediu para o magistrado reconsiderar a decisão, explicando o motivo da viagem. O juiz, porém, ainda não decidiu sobre o novo pedido.