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Dodge prorroga Lava-Jato; Maia contra a CPMF; Focus volta a reduzir previsão do PIB
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2019 às 07h17.
Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 07h35.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prorrogou por mais um ano a atuação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Segundo informações da PGR, a “portaria que oficializa a medida será publicada nesta terça-feira (13), devendo ser posteriormente submetida ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF)”. Trata-se da quinta prorrogação da força-tarefa, desde sua criação, em 2014. Segundo a PGR, a força-tarefa destinou R$ 808 mil para custear viagens relacionadas às investigações em 2019. Instituída em abril de 2014, a partir da instalação dos primeiros procedimentos investigativos envolvendo a Petrobras, a força-tarefa da Lava Jato teve em sua primeira formação dez procuradores.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria convencido procuradores da Operação Lava Jato a não pedirem a apreensão dos celulares do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), um dia antes de sua prisão. É o que indicam os novos vazamentos de supostos diálogos entre o então juiz federal e procuradores da força-tarefa. Moro teria orientado a não apreensão em uma conversa com o procurador Deltan Dallagnol no dia 18 de outubro de 2016. Os vazamentos foram divulgados pelo BuzzFeed.news, em parceria com o The Intercept Brasil, com base em mensagens enviadas por fonte anônima.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar os radares móveis nesta segunda-feira, 12, e prometeu acabar com os dispositivos eletrônicos nas estradas brasileiras. A declaração foi dada em uma cerimônia de liberação de um trecho de 47 quilômetros de duplicação da BR-116 na cidade de Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul. “Estou com uma briga na Justiça, junto com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, para acabar com os radares móveis do Brasil”, disse o presidente em seu discurso. “Isso é coisa de uma máfia de multas, é um dinheiro que vai para o bolso de poucos aqui no Brasil, é uma indústria de multas”, disse. E completou:“a partir da semana que vem, não teremos mais essa covardia de radares móveis no Brasil”.
Maia: volta da CPMF não passa ‘em hipótese alguma’ na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que uma eventual tentativa de volta da CPMF não passa pela Câmara “em hipótese nenhuma”. A equipe econômica defende um tributo que taxe operações financeiras, nos moldes que a CPMF, extinta em 2007, fazia. A proposta deve estar no texto de reforma tributária a ser apresentado pelo governo nas próximas semanas. “A única certeza que eu tenho — e falo com toda liberdade, até porque o presidente da República também já falou, não fica parecendo que é um conflito meu com a equipe econômica — é que nós não vamos retomar a CPMF na Câmara em hipótese nenhuma”, disse Maia, durante participação em evento do Banco Santander, em São Paulo. “Nós comandamos o fim da CPMF, eu era o presidente nacional do DEM em 2007, o DEM comandou isso, não é na minha presidência na Câmara dos Deputados que eu vou recriar esse imposto, que é ruim, que é cumulativo, que é ruim para a sociedade. Essa é a única certeza”, garantiu.
Focus volta a reduzir previsão do PIB
Economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central projetam um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,81% para o ano, segundo o relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 12. Na semana passada, a previsão era de crescimento de 0,82% para a economia brasileira em 2019. A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, caiu de 5,25% para 5%. A projeção do PIB ainda está abaixo do crescimento do país nos últimos dois anos, que foi de 1,1% em 2017 e 2018. A previsão estava estagnada em 0,82% nas últimas três semanas. De março a julho, a estimativa do PIB foi revista para baixo por 20 semanas seguidas, passando de 2,30% para 0,80%. Neste ano, a expectativa já chegou a 2,57%.Além disso, a projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o final do ano caiu de 5,25% para 5%. Atualmente, a taxa está no patamar mais baixo de sua história, em 6%. Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto porcentual e indicou mais reduções no radar, para tentar baratear o crédito e aquecer a economia.
Grupo Boticário compra e-commerce de cosméticos
O Grupo Boticário anunciou nesta segunda-feira, 12, a aquisição do site Beleza na Web, plataforma que vende cosméticos pela internet. O Beleza na Web foi fundado em 2008 pelo empreendedor Alexandre Serodio e hoje tem mais de 17.000 itens, sendo um dos líderes no segmento de cosméticos na internet brasileira. São comercializados mais de 360 marcas nacionais e internacionais de cabelo, perfumaria, pele, corpo e maquiagem. As empresas não comentam o valor da transação, que ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em vista do fato de que ambas têm grande participação e atuam no mesmo segmento.
A rede de varejo Walmart Brasil decidiu mudar sua marca no país para Grupo Big, cerca de um ano após 80% de suas operações terem sido adquiridas pela empresa de investimentos Advent. A companhia prevê investimentos de 1,2 bilhão de reais no Brasil nos próximos 18 meses para modernização e ampliação de suas lojas, que terão maior foco nos formatos de atacarejo, explorados por rivais como GPA e Carrefour Brasil, e clube de compras. O agora Grupo Big opera atualmente com cerca de 550 lojas e 50 mil funcionários em 18 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. A companhia afirma ser o terceiro maior conglomerado de varejo alimentar do Brasil. “As lojas de hipermercado Walmart nas regiões Sul e Sudeste passarão a se chamar BIG, enquanto no Nordeste, todos os hipermercados serão Big Bompreço”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa. “Até junho de 2020, a expectativa é concluir a reforma de 100 hipermercados”, afirmou a empresa.
Guatemala quer mudar acordo imigratório de Trump
O recém eleito conservador Alejandro Giammattei, que obteve uma vitória contundente na eleição presidencial da Guatemala, prometeu buscar termos melhores para o país em um acordo imigratório impopular acertado com os Estados Unidos no mês passado. Giammattei disse querer ver o que pode ser feito para melhorar o acordo que o presidente em fim de mandato Jimmy Morales firmou para conter a imigração centro-americana rumo aos Estados Unidos. Giammattei só tomará posse em janeiro, altura em que a Guatemala pode estar sofrendo grande pressão do acordo, que na prática transforma o país em uma zona-tampão obrigando os imigrantes a buscarem refúgio lá, em vez de nos EUA. “Espero que, durante esta transição, as portas se abram para se obter mais informações para que vejamos o que, de um ponto de vista diplomático, podemos fazer para retirar deste acordo as coisas que não são certas para nós, ou como podemos chegar a um entendimento com os Estados Unidos”, disse.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e favorito para ser o candidato democrata nas eleições presidenciais de 2020, Joe Biden pediu nesta segunda-feira, 12, o restabelecimento da proibição de fuzis no país e propôs um programa de recompra para tirá-los das ruas. Em coluna no jornal The New York Times, Biden também pediu verificações mais rigorosas de antecedentes judiciais para os compradores de armas e um uso maior da “tecnologia de armas inteligentes”, que permite que uma arma seja disparada apenas por seu proprietário autorizado. “Temos um grande problema com as armas”, disse no artigo publicado aproximadamente uma semana depois dos ataques a tiros de El Paso, Texas, e Dayton, Ohio, que deixaram 31 mortos.
Não posso dar dinheiro se continuam desmatando, diz ministra alemã sobre o Brasil
A ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze, rebateu nesta segunda-feira, 12, as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a retirada do investimento alemão para proteção da Floresta Amazônica. No domingo 11, Bolsonaro disse que a Alemanha estava comprando a Amazônia “à prestação” e que o Brasil não “precisava disso”. Em entrevista ao jornal alemão Deutsche Welle, Schulze disse que a declaração de Bolsonaro mostra que a Alemanha está “fazendo exatamente a coisa certa”. “Apoiamos a região amazônica para que haja muito menos desmatamento. Se o presidente não quer isso no momento, então precisamos conversar. Eu não posso simplesmente ficar dando dinheiro enquanto continuam desmatando”, completou a ministra.Schulze, no entanto, indicou que pretende manter as conversas com o governo brasileiro. “No momento, isso não está funcionando muito bem. Mas continuamos tentando, diplomaticamente”, afirmou.