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Documento do PT recomenda inibir aventureiros

Texto produzido com o objetivo de nortear os debates do 5.º Congresso Nacional do partido afirma que é preciso recompor os laços petistas com suas bases

Dilma e Lula participam do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores: além de citar os "aventureiros", o texto está recheado de críticas à oposição e à imprensa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 09h27.

Brasília - Documento do PT produzido com o objetivo de nortear os debates do 5.º Congresso Nacional do partido, aberto na noite de ontem em Brasília, afirma que é preciso recompor os laços petistas com suas bases sociais para inibir "aventureiros" nas disputas políticas do ano que vem.

"O passado ensina (...) que a mobilização de nossas bases sociais e políticas ajuda a recompor a sustentação institucional do governo, inibe aventureiros, inclusive aqueles que se ocultam em uma fraseologia anticapitalista e frustra as tentações golpistas que uma crise possa despertar", diz um trecho do documento, numa referência indireta às manifestações de junho passado - que derrubaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff - e o risco de elas se repetirem no ano eleitoral por causa da realização da Copa.

Além de citar os "aventureiros", o texto está recheado de críticas à oposição e à imprensa, que, no diagnóstico petista, se transformou em porta-voz dos adversários. Os dois mais fortes desafiantes de Dilma, hoje, são o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que comanda o PSB e se aliou à ex-ministra Marina Silva, provável vice em sua futura chapa.

Até agora, a estratégia usada por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para desviar o debate do escândalo do mensalão é bater na tecla de que o PSDB governou "de costas para a sociedade" e não tem condições de se apropriar do discurso da ética. Eduardo Campos, porém, deve entrar em breve na mira da ofensiva petista.

"Grupos que, no passado, haviam privatizado o Estado, promovendo desmandos e privilégios, se transformaram em arautos da ética e da moralidade, escondendo iniciativas de nossos governos, de transparência e de controle aos malfeitos nestes 11 últimos anos", diz o documento do PT, que passará amanhã pelo crivo do 5.º Congresso.


No discurso escrito para a abertura do evento, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu os petistas condenados do mensalão e disse haver "dois pesos e duas medidas" no julgamento do Supremo Tribunal Federal.

Falcão definiu o processo como um "tsunami de manipulação", atacou a imprensa e o que chamou de "mediocridade" da oposição. "Ninguém pode se arvorar no direito de nos dar lição de ética."

No documento para os debates, escrito pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, os petistas avaliam ainda que Lula e Dilma produziram muitos avanços na área social, mas veem a necessidade de construir uma plataforma para uma "nova classe média", algo que vá além de programas como o Bolsa Família.

A preocupação de Falcão é não vincular esse texto ao programa de governo de Dilma para o segundo mandato, embora ali haja pistas sobre as diretrizes da nova plataforma.

Desagravo

Apesar de o ato de desagravo aos presos do PT no processo do mensalão esteja marcado para hoje, petistas já ensaiavam as primeiras manifestações de apoio na noite de ontem. No hall de entrada do evento, militantes circulavam com camisetas e adesivos em defesa do ex-deputado José Genoino, do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares.

A maior parte dos militantes fez questão de colar na camisa o adesivo com os dizeres "liberdade para os presos políticos" e "anulação da ação 470". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Além de citar os "aventureiros", o texto está recheado de críticas à oposição e à imprensa, que, no diagnóstico petista, se transformou em porta-voz dos adversários. Os dois mais fortes desafiantes de Dilma, hoje, são o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que comanda o PSB e se aliou à ex-ministra Marina Silva, provável vice em sua futura chapa.

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"Grupos que, no passado, haviam privatizado o Estado, promovendo desmandos e privilégios, se transformaram em arautos da ética e da moralidade, escondendo iniciativas de nossos governos, de transparência e de controle aos malfeitos nestes 11 últimos anos", diz o documento do PT, que passará amanhã pelo crivo do 5.º Congresso.


No discurso escrito para a abertura do evento, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu os petistas condenados do mensalão e disse haver "dois pesos e duas medidas" no julgamento do Supremo Tribunal Federal.

Falcão definiu o processo como um "tsunami de manipulação", atacou a imprensa e o que chamou de "mediocridade" da oposição. "Ninguém pode se arvorar no direito de nos dar lição de ética."

No documento para os debates, escrito pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, os petistas avaliam ainda que Lula e Dilma produziram muitos avanços na área social, mas veem a necessidade de construir uma plataforma para uma "nova classe média", algo que vá além de programas como o Bolsa Família.

A preocupação de Falcão é não vincular esse texto ao programa de governo de Dilma para o segundo mandato, embora ali haja pistas sobre as diretrizes da nova plataforma.

Desagravo

Apesar de o ato de desagravo aos presos do PT no processo do mensalão esteja marcado para hoje, petistas já ensaiavam as primeiras manifestações de apoio na noite de ontem. No hall de entrada do evento, militantes circulavam com camisetas e adesivos em defesa do ex-deputado José Genoino, do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares.

A maior parte dos militantes fez questão de colar na camisa o adesivo com os dizeres "liberdade para os presos políticos" e "anulação da ação 470". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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