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Atos de vandalismo contra semáforos dobram na cidade de São Paulo

Foram, entre janeiro e junho deste ano, 1.034 ocorrências, ante 516 no mesmo período de 2017, segundo a CET

São Paulo: atos de vandalismo contra semáforos na cidade dobraram neste ano (Stock.Xchange/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 10h10.

Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 11h13.

Os atos de vandalismo contra semáforos na cidade de São Paulo dobraram neste ano, na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Foram, entre janeiro e junho deste ano, 1.034 ocorrências, ante 516 no mesmo período de 2017 (aumento de 100,3%). A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 8 milhões o prejuízo causado por essas ocorrências.

O principal alvo são os fios de cobre usados para a alimentação de energia dos equipamentos. Das 1.034 ocorrências deste ano, 711 envolveram o furto dos cabos, que totalizaram 32 quilômetros de fios roubados. O restante, 323 casos, está relacionado à quebra ou ao roubo de partes dos controladores semafóricos - as caixas metálicas que determinam o tempo de sinalização de cada luz.

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O total de casos registrados neste ano já é maior do que os do ano passado inteiro, quando a cidade registrou 761 ocorrências de vandalismo - 577 de furto de cabos e 184 registros de quebras nos controladores. Entretanto, o total de cabos roubados havia sido maior: 48 quilômetros de fios de cobre levados pelos criminosos.

Segundo a CET, um único controlador é responsável por até cinco semáforos em um cruzamento. Os reparos dos equipamentos, depois de detectados, têm de ocorrer em até duas horas. Presidente da Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito, Silvio Médici destaca o perigo da ação desses criminosos, especialmente à noite. "Durante a madrugada, quando esses crimes ocorrem, o fluxo de trânsito é mais rápido, o que pode causar acidentes." Mas os prejuízos à cidade também são notados durante o dia. "Sem semáforo, a lentidão do trânsito é maior", afirma.

Precauções

A CET afirma que a maior parte dos crimes ocorre na região central. Por isso, passou a alterar o posicionamento dos controladores. Em vez de deixar as caixas metálicas fixadas às calçadas, a companhia passou a instalá-las em postes, longe do alcance das mãos. As caixas passaram a ser reforçadas com fitas de aço ao redor das portas, para dificultar o arrombamento das caixas.

Outra ação tem sido o compartilhamento de informações com a polícia. Na semana passada, uma operação policial foi montada após a companhia fazer um mapeamento de áreas com maior incidência do crime. Uma quadrilha especializada na receptação de fios chegou a ser presa e lavada até o 3.º Distrito Policial (Campos Elísios). "Além disso, a companhia mantém conversas frequentes com Secretaria da Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana para identificação e punição dos envolvidos nos atos", informa a CET, em nota.

A cidade tem 6.387 cruzamentos semaforizados, mas só 1,2 mil têm monitoramento eletrônico, que permite a identificação automática de falhas. Os demais casos são detectados pelos marronzinhos nas ruas ou por reclamações de munícipes, feitas pelo telefone 156 (da Prefeitura) ou pelo 1188 (atendimento específico da CET).

O Plano de Metas apresentado pela atual gestão prevê uma readequação da sinalização viária dos 50 principais corredores de trânsito da capital até 2020, com objetivo de reduzir acidentes. É meta da Prefeitura diminuir a mortalidade do trânsito para 6 mortes a cada 100 mil habitantes até o mesmo ano. O índice atual, de 2017, é de 6,56 mortes para cada 100 mil.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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