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Divulgação da delação de Machado aumenta tensão na Comissão

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citou o acordo de Machado envolvendo o presidente em exercício Michel Temer

Comissão do impeachment: "Se Eduardo Cunha delatar, não fica um dia esse governo. Cai o governo todo", disse Lindbergh (Antonio Cruz/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 18h08.

Brasília - A sessão da Comissão do Impeachment desta quarta-feira, 15, foi marcada por troca de farpas entre governistas e oposicionistas.

Com a divulgação da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o clima de tensão entre os parlamentares se intensificou. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citou o acordo de Machado envolvendo o presidente em exercício Michel Temer.

"Esse Congresso deveria paralisar esse processo. Estamos enfrentando a maior crise da história do Senado, da Câmara... E agora tem uma novidade, o Ibovespa caiu 600 pontos em quatro minutos após a delação premiada de Machado envolver Temer. Esse é o País que quer afastar a presidente por crédito suplementar, por Plano Safra que não tem autoria", criticou.

"Se Eduardo Cunha delatar, não fica um dia esse governo. Cai o governo todo."

O senador Magno Malta (PR-ES) interrompeu a fala de Lindbergh, dizendo que outras delações premiadas da Operação Lava Jato também envolvem os nomes das principais lideranças petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente afastada Dilma Rousseff.

"Mas Nestor Cerveró envolve Dilma, Marcelo Odebrecht envolve Dilma, envolve Lula. Isso é brincadeira", rebateu exaltado.

Tumultos

Mais cedo, houve polêmica quando a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que o impeachment tem como objetivo parar a Lava Jato, citando as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro em conversas com os caciques do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador e ex-ministro de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) usou o tempo que seria para perguntas para rebater a colega e fazer ataques ao PT. Simone leu uma nota do PT na qual o partido faz críticas à Lava Jato e à Polícia Federal.

Parlamentares petistas queriam direito a responder, mas o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), negou. Houve protestos dos aliados de Dilma e a chegou a ser suspensa por alguns minutos.

Em outro momento, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chamou a senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) de "inconveniente".

Vanessa pediu para que Lira tirasse dos autos o comentário do senador, que afirmou que mantinha a sua opinião sobre ela.

"Eu mantenho o que eu disse, a senhora não vai me censurar", rebateu o senador. Lira pediu para que não constasse nas notas taquigráficas o termo usado por Ferraço.

Há um embate entre os parlamentares porque os aliados de Temer, a fim de acelerar o processo, fizeram um acordo para não questionar as testemunhas de defesa.

Apenas o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), aliados de Dilma e os advogados da defesa, José Eduardo Cardozo, e da acusação, Janaína Paschoal, estão fazendo os perguntas. Até o momento, foram ouvidas duas das quatro testemunhas convocadas.

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Brasília - A sessão da Comissão do Impeachment desta quarta-feira, 15, foi marcada por troca de farpas entre governistas e oposicionistas.

Com a divulgação da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o clima de tensão entre os parlamentares se intensificou. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citou o acordo de Machado envolvendo o presidente em exercício Michel Temer.

"Esse Congresso deveria paralisar esse processo. Estamos enfrentando a maior crise da história do Senado, da Câmara... E agora tem uma novidade, o Ibovespa caiu 600 pontos em quatro minutos após a delação premiada de Machado envolver Temer. Esse é o País que quer afastar a presidente por crédito suplementar, por Plano Safra que não tem autoria", criticou.

"Se Eduardo Cunha delatar, não fica um dia esse governo. Cai o governo todo."

O senador Magno Malta (PR-ES) interrompeu a fala de Lindbergh, dizendo que outras delações premiadas da Operação Lava Jato também envolvem os nomes das principais lideranças petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente afastada Dilma Rousseff.

"Mas Nestor Cerveró envolve Dilma, Marcelo Odebrecht envolve Dilma, envolve Lula. Isso é brincadeira", rebateu exaltado.

Tumultos

Mais cedo, houve polêmica quando a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que o impeachment tem como objetivo parar a Lava Jato, citando as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro em conversas com os caciques do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador e ex-ministro de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) usou o tempo que seria para perguntas para rebater a colega e fazer ataques ao PT. Simone leu uma nota do PT na qual o partido faz críticas à Lava Jato e à Polícia Federal.

Parlamentares petistas queriam direito a responder, mas o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), negou. Houve protestos dos aliados de Dilma e a chegou a ser suspensa por alguns minutos.

Em outro momento, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chamou a senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) de "inconveniente".

Vanessa pediu para que Lira tirasse dos autos o comentário do senador, que afirmou que mantinha a sua opinião sobre ela.

"Eu mantenho o que eu disse, a senhora não vai me censurar", rebateu o senador. Lira pediu para que não constasse nas notas taquigráficas o termo usado por Ferraço.

Há um embate entre os parlamentares porque os aliados de Temer, a fim de acelerar o processo, fizeram um acordo para não questionar as testemunhas de defesa.

Apenas o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), aliados de Dilma e os advogados da defesa, José Eduardo Cardozo, e da acusação, Janaína Paschoal, estão fazendo os perguntas. Até o momento, foram ouvidas duas das quatro testemunhas convocadas.

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