Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,82% maior no mês, somando R$ 241,78 bilhões ao fim de setembro (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 25 de outubro de 2023 às 15h43.
Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 15h51.
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 3,02% em setembro e fechou o mês em R$ 6,075 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Tesouro Nacional. Em agosto, o estoque estava em R$ 6,265 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 54,68 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 244,20 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) recuou 3,22% em setembro e fechou o mês em R$ 5,834 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,82% maior no mês, somando R$ 241,78 bilhões ao fim de setembro.
Com o ciclo de queda da taxa básica de juro, atualmente em 12,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic caiu em setembro, para 38,58%. Em agosto, estava em 41,39%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 25,00% para 26,39%.
Os títulos remunerados pela inflação subiram para 30,81% do estoque da DPF em setembro, ante 29,61% em agosto. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,00% para 4,21% no mês passado.
O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou queda, passando de 21,53% em agosto para 20,65% em setembro.
O prazo médio da dívida teve elevação de 4,00 anos para 4,14 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,53% ao ano para 10,58% a.a. no mês passado.
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública subiu em setembro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,25% em agosto para 9,94% no mês passado.
No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 580,01 bilhões em setembro, ante R$ 557,82 bilhões em agosto.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,55% em setembro, ante 28,96% em agosto. A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,90% para 23,40% no mês passado. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,63% para 23,11% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 3,93% para 4,19% na mesma comparação.
O Tesouro Nacional encerrou setembro com R$ 810,31 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 20,91% menor em termos nominais que os R$ 1,024 trilhão que estavam na reserva em agosto.
O montante ainda é 21,43% menor que o observado em setembro de 2022 (R$ 1,031 trilhão).
O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
Mesmo com a redução nominal, o montante de setembro era suficiente para cobrir 9,50 meses de pagamentos de títulos, ante 7,92 meses em agosto. O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.