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Disputa por vaga no 2º turno deve dominar debate em SP

"O debate tem a sua importância porque neste momento da disputa pode ajudar muita gente indecisa a decidir em que vai votar", diz presidente do PT de São Paulo


	Urna: "o debate tem a sua importância porque neste momento da disputa pode ajudar muita gente indecisa a decidir em que vai votar", diz presidente do PT de São Paulo
 (José Cruz/Agência Brasil)

Urna: "o debate tem a sua importância porque neste momento da disputa pode ajudar muita gente indecisa a decidir em que vai votar", diz presidente do PT de São Paulo (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 18h33.

São Paulo - A disputa por uma das vagas no segundo turno deve dar o tom do último debate do primeiro turno entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo na noite desta quinta-feira, 29, na TV Globo. No encontro, cada candidato deve enfrentar um desafio particular.

Em primeiro lugar nas pesquisas, Doria deve manter a postura dos últimos dias e reforçar a ideia, que parece ter funcionado, de que ele "não é político, mas um gestor".

Além disso, vai manter o discurso antipetista e lembrar que Marta e Erundina são oriundas do mesmo partido. O tucano pode ser confrontado sobre a notícia, publicada nesta quinta no jornal O Estado de S. Paulo, de que seus ex-seguranças movem uma ação trabalhista contra ele.

Celso Russomanno (PRB) tem a missão de segurar-se no segundo lugar, estancar a perda de votos e, diante dos ataques dos quais tem sido alvo, convencer o eleitor de que é um nome viável e confiável.

O embate entre ele e Marta deve se acirrar, já que uma das estratégias do candidato nas últimas semana tem sido atribuir à candidata uma campanha eleitoral antiética e subterrânea.

Com o segundo lugar ameaçado, contudo, Russomanno também pode adotar a prudência para não cometer deslizes que tirem votos decisivos na reta final. O candidato também deve ser questionado sobre os problemas trabalhistas do Bar do Alemão, estabelecimento comercial em que era sócio.

Caberá a Marta Suplicy (PMDB) descolar sua imagem do governo Temer e da figura do ex-prefeito Gilberto Kassab - além de reafirmar a defesa dos direitos trabalhistas.

Todos esses temas têm sido usados pelos adversários da peemedebista para atacá-la e, na avaliação do coordenador de sua campanha, José Yunes, motivaram sua queda nas últimas pesquisas.

Marta também deve partir para o confronto com Russomanno e Haddad - candidatos que disputam com ela uma vaga no segundo turno.

Além de manter a estratégia de nacionalizar as discussões e vincular Marta ao governo Temer, a estratégia do prefeito Fernando Haddad (PT) para o debate desta noite inclui ataques a Russomanno.

As últimas pesquisas identificaram que Russomanno tem altos índices de intenção de votos em regiões que tradicionalmente votam no PT. A ideia é tentar retomar estes votos.

Para o comando da campanha petista, os resultados das últimas pesquisas, que deixam em aberto a disputa pela segunda colocação, aumentam a importância do debate da TV Globo.

"O debate tem a sua importância porque neste momento da disputa pode ajudar muita gente indecisa a decidir em que vai votar e impulsionar o Haddad para o segundo turno", disse o presidente municipal do PT de São Paulo, o vereador Paulo Fiorilo.

Luiza Erundina (PSOL) e Major Olimpio (SD), mais abaixo nas pesquisas de intenção de voto, têm pouco a perder e devem atuar como franco atiradores.

O programa terá quatro blocos: o primeiro e o terceiro têm temas livres; o segundo e o quarto têm temas determinados; no quarto e último bloco, os candidatos farão as considerações finais.

O encontro entre Doria, Russomanno, Marta, Haddad, Erundina e Major Olimpio (SDD) será mediado pelo jornalista César Tralli - responsável por entrevistas duras com os candidatos durante o SPTV.

Nesta quinta-feira, os candidatos suspenderam ou reduziram as agendas externas de campanha para se prepararem para o encontro.

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