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Disputa pela sucessão de André Vargas divide o PT

Depois da reunião de líderes da base aliada, vice-líder do governo disse que na disputa já estão os deputados Luiz Sérgio (RJ) e Paulo Teixeira (SP)


	André Vargas: deputado pediu licença das atividades depois que uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef
 (Antonio Cruz/ABr)

André Vargas: deputado pediu licença das atividades depois que uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 16h08.

Brasília - Ainda ocupada oficialmente pelo deputado André Vargas (PT-PR), que não protocolou o pedido de renuncia anunciado na semana passada, a vice-presidência da Câmara já divide petistas. De acordo com a distribuição de cargos na Casa, a cadeira é do partido, mas ainda não há consenso dentro do PT sobre quem deve ser o sucessor de Vargas.

Hoje (15), depois da reunião de líderes da base aliada, o vice-líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que na disputa já estão os deputados Luiz Sérgio (RJ) e Paulo Teixeira (SP).

Além da indicação, que será definida pela bancada do PT na Câmara, outros parlamentares também podem apresentar candidaturas avulsas. Fontana acredita que há grande chance de mais de um parlamentar indicado e o resultado será definido em plenário.

André Vargas ocupa a vice-presidência desde fevereiro de 2013. Ele pediu licença das atividades depois que uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso desde o final de março pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, deflagrada para desmontar um esquema de lavagem de dinheiro.

Vargas negou os negócios com o doleiro, mas outra reportagem da revista Veja divulgou mensagens trocadas pelos dois, na qual Vargas promete ajudar Yousseff a conseguir contratos com o Ministério da Saúde.

O parlamentar anunciou que renunciaria ao cargo de vice-presidente da Câmara, mas, até agora, não protocolou qualquer documento na Secretaria Geral da Mesa.

O caso está sendo tratado pelo Conselho de Ética da Casa, que instaurou um processo no último dia 9. O relator Júlio Delgado (PSB-MG) disse que na próxima terça-feira (22) vai colocar em votação a admissibilidade do processo. Hoje, Delgado foi à sede da Polícia Federal, em Brasília, para pedir acesso às informações sobre a Operação Lava Jato.

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