Floriano Pesaro se apresentou ontem como pré-candidato às eleições estaduais de 2018 (Floriano Pesaro/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 11h37.
São Paulo - A disputa pela vaga do candidato do PSDB ao governo paulista abriu na noite desta segunda-feira, 18, mais uma crise no partido. Após o cientista político Luis Felipe D'ávila se apresentar oficialmente como pré-candidato, ontem foi a vez do secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, apresentar seu nome durante uma plenária do diretório.
Presente no encontro, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, pediu a palavra e fez uma dura intervenção criticando a antecipação do processo eleitoral.
Morando também reclamou do que chamou de falta de critério na escolha dos candidatos que vão disputar as prévias. "O critério para ser candidato é ser genro do Abílio Diniz?", questionou Morando.
D'Ávila écasado com a filha do empresário Abílio Diniz. "Estão avacalhando o PSDB. Qualquer um pode ser candidato? É preciso ter um critério para se inscrever como candidato a governador. O certo é esperar as convenções para abrir esse debate", disse o prefeito de São Bernardo do Campo, segundo relatos de participantes à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Morando ressaltou, porém, que não estava questionando o nome de Floriano Pesaro, e sim a metodologia.
O presidente da sigla no Estado, deputado Pedro Tobias, decidiu então suspender todas as pré-candidaturas e formar uma comissão para avaliar os nomes.
Além de D'Ávila e Pesaro, também são apontados como potenciais candidatos do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes o senador José Serra, o secretário da Saúde David Uip e o próprio Morando - que por ora nega ter a intenção. Procurado, D'Ávila não quis comentar as declarações.