Discussão sobre corrupção marca debate no RS
Os principais alvos foram o atual governador, Tarso Genro (PT), e a senadora Ana Amélia Lemos (PP)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 13h20.
Porto Alegre - A corrupção esteve no centro das discussões no terceiro bloco do debate promovido pela TV Globo entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul , na noite de terça-feira, dia 30, e os principais alvos foram os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos, o atual governador, Tarso Genro (PT), e a senadora Ana Amélia Lemos (PP).
O candidato Vieira da Cunha (PDT) lembrou que o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenado a seis anos e oito meses de prisão no processo do mensalão, passou a cumprir a pena em casa nesta terça-feira. "Isso não passa uma sensação de impunidade para a população?", questionou.
Na sequência, Roberto Robaina (PSOL) acrescentou que o País está diante de um novo escândalo de corrupção, envolvendo a Petrobras, e cobrou esclarecimentos de Tarso e Ana Amélia sobre o assunto.
"Achei que os dois iam aproveitar para dar uma explicação, porque no caso da Petrobras estão envolvidos o presidente nacional do PP e tesoureiro do PT. Eles (Tarso e Ana Amélia) discutem aqui, mas no nacional estão juntos", falou.
Perguntada por Robaina, Ana Amélia afirmou que não tem nenhum compromisso com o erro. "Corrupção precisa ser combatida e é um crime o que estão fazendo com a Petrobras. Isso deve ser apurado", disse.
Ela sustentou também que não tem nenhuma relação com a possibilidade de o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, ter envolvimento com o caso. "Eu poderia indagar: Se a sua mãe e seu pai cometerem um crime se você será responsabilizado? Não", rebateu a senadora.
Ana Amélia lembrou que o PP gaúcho apoia o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, enquanto o diretório nacional integra a coligação da presidente Dilma Rousseff, do PT. "Temos divergências no partido."
Em outro momento do bloco, Tarso argumentou que todos os partidos têm pessoas que estão sendo condenadas por episódios de corrupção, mas que isso não pode manchar a imagem das legendas.
"Não concordo que se faça uma criminalização dos partidos como instituições. Temos que focar a responsabilidade", disse, referindo-se ao mensalão.
Vieira da Cunha rebateu dizendo que o argumento seria válido se a base petista não tratasse os condenados do mensalão como heróis. "Eu saúdo a tua posição, mas esta infelizmente não é a posição do PT", disse.