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Diretoria da Petrobras é cobiçada pelo PMDB

A diretoria internacional da Petrobras era ocupada pelo partido e está informalmente vaga desde abril de 2012, quando Maria das Graças Foster afastou três diretores


	Petrobras: depois das eleições no início do mês para as presidências da Câmara e do Senado, intensificaram-se as pressões para que o cargo seja preenchido por um indicado do partido
 (REUTERS/Bruno Domingos)

Petrobras: depois das eleições no início do mês para as presidências da Câmara e do Senado, intensificaram-se as pressões para que o cargo seja preenchido por um indicado do partido (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2013 às 09h44.

Rio de Janeiro - A diretoria internacional da Petrobras é alvo de uma disputa política até agora silenciosa entre a presidência da estatal e o PMDB. A pasta era ocupada pelo partido e está informalmente vaga desde abril de 2012, quando a presidente Maria das Graças Foster afastou três diretores que chegaram aos cargos por indicação política.

Depois das eleições no início do mês para as presidências da Câmara e do Senado, vencidas pelo PMDB com larga vantagem, intensificaram-se as pressões para que o cargo seja preenchido por um indicado do partido. Também duas diretorias da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vagas desde o ano passado, são cobiçadas pelo grupo de peemedebistas vitoriosos. Graça Foster acumula a presidência e o comando da Diretoria Internacional desde julho. Ela acompanha pessoalmente as vendas de blocos exploratórios que a Petrobras controla no Golfo do México e na África. A venda de ativos no exterior foi apresentada esta semana como uma das poucas alternativas de alívio ao caixa da companhia.

De acordo com o planejamento da estatal, desses blocos sairão preciosos bilhões de dólares que a ajudarão a "passar por 2013, um ano que será muito difícil", como disse Graça em entrevista na terça-feira. Apesar do alarmante crescimento do endividamento e do fraco resultado do quarto trimestre, a Petrobras não reduziu o ritmo de investimentos. Pelo contrário, anunciou alta de 16%, para concluir projetos em curso. Serão R$ 97,7 bilhões neste ano.

Sem autorização do governo para reajustar combustíveis, e negando planos para uma nova capitalização, a venda dos ativos no exterior é uma alternativa citada pela presidente para gerar receita já com data marcada. Uma espécie de processo de leilão de blocos, anunciou Graça, se inicia em abril. 

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