Diretor da Anvisa explica chance de circulação da nova variante no país
A cepa batizada como Ômicron preocupa a OMS
Agência O Globo
Publicado em 26 de novembro de 2021 às 21h17.
Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 16h18.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ), Antonio Barra Torres, disse nessa sexta-feira que há possibilidades de circulação no Brasil da variante Ômicron , detectada na África do Sul. Barra Torres afirmou, no entanto, que ainda não há registro oficial da nova cepa no país.
— Realmente a possibilidade existe, não temos como dizer que é zero chance de já estar no Brasil, que não é possível. A possibilidade de termos algum caso que não tenha sido identificado existe, é uma possibilidade, mas até o momento não existe — comentou o representante da Anvisa em entrevista à CNN.
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Mais cedo, Agência recomendou ao governo federal que adote medidas de restrição à passageiros vindos de países africanos. Na lista, estão África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Segundo a Anvisa, ''recomenda medidas restritivas de caráter temporário'' em decorrência ''da identificação de uma nova variante do Sars-CoV-2 identificada como B.1.1.529''
Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde encaminhou um alerta de risco às secretarias de saúde devido a nova variante. De acordo com comunicado, a pasta orienta que as redes de saúde comuniquem imediatamente se houver algum registro de caso da cepa Ômicron nos estados. A pasta ainda recomenda que caso o paciente tenha vindo de países com históricos da variante, as secretárias devem acompanhar o paciente sintomático por até 14 dias e aqueles sem sintomas por até 7 dias.
A Organização Mundial da Saúde classificou Ômicron como ''variante de preocupação'' por conta da alta nos casos de Covid-19 na África do Sul, além de evidências preliminares que apontam um riso maior de reinfecção em função da nova variante.