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Dirceu presta depoimento e nega indicação de Duque

O ex-ministro da Casa Civil admitiu que empresário pagou a reforma de seu apartamento e de sua casa, mas negou que tenha indicado Duque para a Petrobras


	José Dirceu: Dirceu negou que tenha indicado o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como indicação do PT, para o cargo
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

José Dirceu: Dirceu negou que tenha indicado o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como indicação do PT, para o cargo (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 20h26.

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, admitiu hoje (29), em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que o empresário Milton Pascowitch, um dos delatores do esquema de desvios da Petrobras, pagou a reforma de seu apartamento e de sua casa.

De acordo com seu advogado, Roberto Podval,  Dirceu negou que tenha indicado o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como indicação do PT, para o cargo. O ex-ministro foi interrogado na ação penal da Lava Jato na qual é réu. 

De acordo com a defesa do ex-ministro, José Dirceu não recebeu diretamente o dinheiro da reforma. Acrescentou que o custeio foi feito em razão da amizade entre Dirceu e Pascowitch. O ex-ministro e mais 15 investigados foram denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além do ex-ministro, também prestou depoimento hoje Gerson Almada, ex-executivo da empreiteira Engevix.

A acusação contra Dirceu e os demais denunciados se baseou nas afirmações de Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada. O delator afirmou que fez pagamentos em favor de Dirceu e Fernando Moura, empresário ligado ao ex-ministro.

Segundo os procuradores, o dinheiro saiu de contratos entre a Engevix e a Petrobras e teriam passado por Renato Duque e o empresário Fernando Moura, que assinou acordo de delação premiada. 

José Dirceu está preso preventivamente desde agosto do ano passado em um presídio em Curitiba. A defesa do ex-ministro disse que a denúncia é inepta, por falta de provas. Conforme os advogados, a acusação foi formada apenas com declarações de investigados que firmaram acordos de delação premiada.

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