José Dirceu: o petista deixou o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, onde estava preso desde 3 de agosto de 2015 em regime preventivo (AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de maio de 2017 às 16h59.
São Paulo - O ex-ministro José Dirceu deixou na tarde desta quarta-feira, 3, a cadeia da Lava Jato.
Condenado a 32 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa - em duas ações penais da Operação Lava Jato -, o ex-ministro chefe da Casa Civil (Governo Lula) foi solto por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Por volta das 16h10, José Dirceu deixou o Complexo Médico-Penal, de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
O petista foi levado pela Polícia Federal à sede da Justiça Federal, na capital paranaense, para colocar a tornozeleira eletrônica.
O advogado de defesa de José Dirceu, Roberto Podval, considerou um erro a apresentação da terceira denúncia contra o ex ministro pela força tarefa da Operação Lava Jato.
"Eles (procuradores) têm poder e precisam ter esse equilíbrio, consideramos um exagero", disse.
Na frente da Justiça Federal, um grupo de apoio ao ex- ministro se manifestava. "Consideramos a prisão arbitrária, a nossa Justiça desrespeita a própria Constituição."
Dirceu deixou o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, onde estava preso desde 3 de agosto de 2015 em regime preventivo.
Nesse intervalo, ele foi condenado em duas ações penais da Lava Jato, somando pena de 32 anos e um mês de cadeia, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Na terça-feira, 2, por três votos a dois, os ministros da Segunda Turma da Corte máxima acolheram pedido de habeas corpus do petista, que estava preso desde 3 de agosto de 2015, por ordem do juiz Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato.
Quadro histórico de seu partido, do qual foi fundador e presidente, Dirceu está solto, mas vai permanecer sob vigilância ininterrupta, com tornozeleira eletrônica, por ordem de Moro.
O magistrado não decretou prisão domiciliar para o ex-ministro porque isso implicaria em abatimento da pena imposta ao petista.