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Dimas Covas: Saúde precisa ser seja dirigida por quem entenda a pandemia

Para o diretor do Instituto Butantan, existe falta de uma competência técnica maior no enfrentamento à pandemia de coronavírus

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, será ouvido na CPI da Covid (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2021 às 09h19.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 15h00.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, avalia como "fundamental" que o Ministério da Saúde seja dirigido por alguém que consiga "entender a dinâmica da pandemia" de covid-19 no Brasil. Covas destacou, em entrevista à rádio CBN, que este trabalho "geralmente é feito por médicos, especialistas, sanitaristas e não tem acontecido desde que toda a equipe do o atual ministério ocupou o poder". "Existe falta, sem dúvida nenhuma, de uma competência técnica maior nesse enfrentamento", completou.

Entretanto, sobre a pressão pela saída do atual ministro, Eduardo Pazuello, da pasta — sob mira do Supremo Tribunal Federal e de parlamentares que buscam emplacar uma CPI  — e as conversas para troca do comando do Ministério da Saúde, Covas avalia que a mudança "atrapalha muito" o combate à pandemia no País. "Nós já estamos com o comando meio que cariando e essa discussão de troca só vem a acrescentar mais confusão. Descredencia o atual ministro e deixa na incerteza o que vai acontecer", disse.

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São nomes cotados para substituir Pazuello a cardiologista Ludhmila Hajjar e o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga.

Para o diretor do Butantan, "seria oportuno que, se de fato acontecer uma mudança, seja feita uma mudança para profissionais que possam compreender e manipular de forma adequada a epidemia, principalmente neste momento de gravidade extrema que vivemos". "Há um consenso da área técnica que Brasil deveria entrar em medidas restritivas de uma forma geral e isso está, na minha opinião, demorando".

Nesta segunda-feira, 15, passam a vigorar no Estado de São Paulo medidas mais restritivas, dentro da chamada "fase emergencial", que inclui medidas como toque de recolher e proibição de aglomerações. Segundo Covas, a depender da adesão da população às medidas que visam a quebrar a cadeia de transmissão do vírus, é possível que o período, previsto para durar até o fim do mês, seja prorrogado.

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