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Dilma vai indenizar filhos de vítimas de hanseníase

Governo indenizará os filhos que foram afastados do convívio com os pais por conta da doença

Filhos de portadores de hanseníase de sete estados brasileiros se reuniram com o governo em 2010 para debater indenização (Elza Fiúza/ABr)

Filhos de portadores de hanseníase de sete estados brasileiros se reuniram com o governo em 2010 para debater indenização (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 23h02.

Brasília - O governo federal indenizará os filhos de vítimas de hanseníase que foram afastados do convívio com os pais, comunicou nesta quarta-feira o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O Palácio do Planalto ainda vai discutir o assunto por meio de uma comissão e definir o valor da indenização.

Uma lei de 2007 já autoriza a concessão de pensão, mensal, vitalícia e intransferível, de R$ 750 às pessoas atingidas pela hanseníase que foram submetidas a isolamento e internação compulsórios. A reivindicação de movimentos sociais, desta vez, é para que a reparação também beneficie os filhos dessas pessoas.

"Os filhos também foram vítimas, porque foram retirados dos pais violentamente, colocados em orfanatos anexos às colônias penais. E muitos deles eram dados como mortos e dados em adoção sem que a família soubesse e se perderam por esse mundo afora com muitas sequelas físicas e psicológicas. O que estamos fazendo é nada mais, nada menos, é reconhecer uma dívida de Estado. Agora vamos ver a discussão mais próxima do formato da lei, dos valores", disse Carvalho, que participou de reunião com cerca de 200 pessoas no Palácio do Planalto para tratar do tema.

Segundo Carvalho, há uma estimativa de que em torno de 15 mil pessoas possam se beneficiar com a iniciativa. "É difícil ter número preciso (de filhos afastados dos pais) porque há muita perda de documentos. Preciso esperar o processo para chegar a esses dados. Até porque se trata de dinheiro público, é preciso ter rigor. Espero que até o fim do ano a gente consiga ter o formato definido. Não dá para ser mais no orçamento deste ano", afirmou o ministro.

A presença da presidente Dilma Rousseff foi cobrada pelos presentes, mas o ministro informou que Dilma teve de antecipar sua viagem ao Paraguai, para uma agenda bilateral com o presidente eleito daquele país, Horacio Cartes.

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