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Dilma vai ao Senado em busca de reconciliação política

Na sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher, presidente vai dirigir afagos aos parlamentares, mesmo com contrariedade dos aliados

A ida de Dilma ao plenário do Senado ocorre no mesmo dia do depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à Comissão de Assuntos Econômicos (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

A ida de Dilma ao plenário do Senado ocorre no mesmo dia do depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à Comissão de Assuntos Econômicos (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h52.

Brasília - Empenhada em dissipar a tensão que tem marcado seu relacionamento com a base de apoio do governo no Congresso, a presidente Dilma Rousseff aproveitará hoje visita ao Senado para fazer um discurso de reconciliação política. Na sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher, Dilma vai dirigir afagos aos parlamentares e, apesar de sua contrariedade com os próprios aliados, destacará que o Congresso tem ajudado o governo.

Desde sua posse, em janeiro do ano passado, esta é terceira vez que a presidente irá ao Congresso. Dilma não gosta do varejo da política nem de negociar cargos e emendas parlamentares, mas decidiu fazer um gesto após a rebelião, liderada pelo PMDB, que resultou no veto à recondução de Bernardo Figueiredo para o comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A ida de Dilma ao plenário do Senado, onde ela receberá o prêmio Mulher Cidadã Bertha Lutz, ocorre no mesmo dia do depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O tom do discurso de Dilma no Senado foi decidido após várias conversas que ela teve, nos últimos dias, com pesos-pesados do PMDB, partido que não esconde a insatisfação com o avanço do PT sobre cargos no governo. A lista dos interlocutores com quem Dilma se aconselhou incluiu o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Todos foram unânimes em dizer a ela que era preciso "ouvir" mais os aliados e fazer um gesto, se não quisesse sofrer novas derrotas. Foi com receio de novo revés que o Planalto adiou na semana passada, por tempo indeterminado, a votação do Código Florestal na Câmara.

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