Dilma Rousseff assina na China acordos milionários de tecnologia
Durante a viagem ao país asiático, já foram anunciados acordos para a venda de aviões e para investimentos em tecnologia e telecomunicações
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2011 às 13h25.
Pequim - Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos milionários de cooperação tecnológica durante a visita da presidente Dilma Rousseff ao principal parceiro comercial do país, ao qual ela propôs um novo modelo de cooperação baseado em produtos de maior valor agregado.
Entre os compromissos assinados se destacam a venda de 35 aviões E190 da Embraer para empresas chinesas, assim como um acordo com a Corporação da Indústria de Aviação Chinesa (AVIC) para a produção do Legacy 600 no país asiático.
Os valores da compra não foram revelados oficialmente, mas fontes da delegação brasileira afirmaram que o preço médio das aeronaves é de 40 milhões de dólares, o que elevaria a negociação a US$ 1,4 bilhão.
A empresa de telefonia chinesa Huawei anunciou a decisão de construir um centro de pesquisas na região de São Paulo, com investimentos de entre 300 e 400 milhões de dólares, conformou a presidente à imprensa no hotel em que está hospedada e após um dia repleto de reuniões.
Dilma Rousseff também indicou que a empresa Foxconn anunciou interesse em investir nos próximos cinco a seis anos 12 bilhões de dólares na produção de aplicativos para telefonia móvel e informática, como telas para aparelhos celulares. Um grupo de trabalho foi criado para estudar o projeto.
Além disso, o governo chinês abriu o mercado do país para a carne de porco brasileira.
Somente no campo da tecnologia, ciência e inovação, o investimento chinês no Brasil como resultado dos acordos assinados em Pequim vai superar um bilhão de dólares, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Outros acordos foram assinados nas áreas de petróleo, defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia agrícola e agricultura tropical, além de intercâmbios universitários e de tecnologia do bambu.
Desde que desembarcou em Pequim para sua primeira visita ao gigante asiático, Dilma Rousseff tem ressaltado que deseja inaugurar uma nova etapa nas relações e dar um salto qualitativo no modelo existente que, no entanto, permitiu elevar o comércio entre os dois países de 2,3 bilhões de dólares no ano 2000 a US$ 56,4 bilhões em 2010.
Nos últimos dois anos a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras e o maior investidor no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos anos por Estados Unidos e Espanha. Os investimentos chineses estão centrados nas áreas de petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.
"Precisamos ir além da complementaridade de nossas economias para favorecer uma relação dinâmica, diversificada e equilibrada", disse a presidente do Brasil no encerramento do fórum que reuniu os 240 empresários que a acompanham na viagem e dezenas de executivos chineses.
"A transformação da agenda (exportadora) com produtos de maior valor agregado é o desafio para os próximos anos e um dos pilares para a sustentabilidade da expansão do comércio bilateral", completou.
Até agora, as exportações do Brasil para a China consistem essencialmente em commodities agrícolas e matérias-prima, em particular soja, minério de ferro, petróleo e celulose.
Os dois países, que ao lado da Rússia, Índia e agora África do Sul integram o bloco dos BRICS e cujos presidentes se reunirão na quinta-feira na ilha de Hainan (sudeste da China), compartilham interesses e visões para a construção de uma nova ordem internacional em fóruns como a ONU, o G20 e a OMC, assim como nas conferências sobre o clima.
Os dois países manifestaram apoio à reforma ampla da ONU, incluindo o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança como uma prioridade, na declaração conjunta divulgada ao final do encontro.
Uma vaga permanente no Conselho de Segurança é uma antiga aspiração do Brasil.
Pequim - Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos milionários de cooperação tecnológica durante a visita da presidente Dilma Rousseff ao principal parceiro comercial do país, ao qual ela propôs um novo modelo de cooperação baseado em produtos de maior valor agregado.
Entre os compromissos assinados se destacam a venda de 35 aviões E190 da Embraer para empresas chinesas, assim como um acordo com a Corporação da Indústria de Aviação Chinesa (AVIC) para a produção do Legacy 600 no país asiático.
Os valores da compra não foram revelados oficialmente, mas fontes da delegação brasileira afirmaram que o preço médio das aeronaves é de 40 milhões de dólares, o que elevaria a negociação a US$ 1,4 bilhão.
A empresa de telefonia chinesa Huawei anunciou a decisão de construir um centro de pesquisas na região de São Paulo, com investimentos de entre 300 e 400 milhões de dólares, conformou a presidente à imprensa no hotel em que está hospedada e após um dia repleto de reuniões.
Dilma Rousseff também indicou que a empresa Foxconn anunciou interesse em investir nos próximos cinco a seis anos 12 bilhões de dólares na produção de aplicativos para telefonia móvel e informática, como telas para aparelhos celulares. Um grupo de trabalho foi criado para estudar o projeto.
Além disso, o governo chinês abriu o mercado do país para a carne de porco brasileira.
Somente no campo da tecnologia, ciência e inovação, o investimento chinês no Brasil como resultado dos acordos assinados em Pequim vai superar um bilhão de dólares, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Outros acordos foram assinados nas áreas de petróleo, defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia agrícola e agricultura tropical, além de intercâmbios universitários e de tecnologia do bambu.
Desde que desembarcou em Pequim para sua primeira visita ao gigante asiático, Dilma Rousseff tem ressaltado que deseja inaugurar uma nova etapa nas relações e dar um salto qualitativo no modelo existente que, no entanto, permitiu elevar o comércio entre os dois países de 2,3 bilhões de dólares no ano 2000 a US$ 56,4 bilhões em 2010.
Nos últimos dois anos a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras e o maior investidor no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos anos por Estados Unidos e Espanha. Os investimentos chineses estão centrados nas áreas de petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.
"Precisamos ir além da complementaridade de nossas economias para favorecer uma relação dinâmica, diversificada e equilibrada", disse a presidente do Brasil no encerramento do fórum que reuniu os 240 empresários que a acompanham na viagem e dezenas de executivos chineses.
"A transformação da agenda (exportadora) com produtos de maior valor agregado é o desafio para os próximos anos e um dos pilares para a sustentabilidade da expansão do comércio bilateral", completou.
Até agora, as exportações do Brasil para a China consistem essencialmente em commodities agrícolas e matérias-prima, em particular soja, minério de ferro, petróleo e celulose.
Os dois países, que ao lado da Rússia, Índia e agora África do Sul integram o bloco dos BRICS e cujos presidentes se reunirão na quinta-feira na ilha de Hainan (sudeste da China), compartilham interesses e visões para a construção de uma nova ordem internacional em fóruns como a ONU, o G20 e a OMC, assim como nas conferências sobre o clima.
Os dois países manifestaram apoio à reforma ampla da ONU, incluindo o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança como uma prioridade, na declaração conjunta divulgada ao final do encontro.
Uma vaga permanente no Conselho de Segurança é uma antiga aspiração do Brasil.