Dilma recebe apoio do PP
A presidente recorreu ao tom eleitoral e fez críticas indiretas ao pré-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h26.
São Paulo - Ao receber nesta terça-feira o apoio do PP à campanha de reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) recorreu ao tom eleitoral e fez críticas indiretas ao pré-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB).
A estratégia de Dilma segue uma linha traçada pela cúpula do PT de polarizar a disputa presidencial, neste momento, com Aécio.
No discurso para uma plateia composta por integrantes do PP, ela ressaltou que um dos orgulhos do governo é não ter caído na tentação de medidas impopulares para enfrentar a crise econômica mundial.
"Podemos dizer para o resto do mundo que passamos pela pior crise desde 1929. Eu acho que nós podemos nos orgulhar de, mantendo a estabilidade, termos conseguido assegurar o nível de emprego e não caímos na tentação nas chamadas medidas impopulares, que nada mais são do que recessão, desemprego e arrocho salarial", afirmou.
As declarações de Dilma são uma crítica indireta ao pré-candidato do PSDB a presidente, que, caso seja eleito, diz que pretende recorrer a "medidas impopulares" para assegurar a estabilidade da economia do Brasil.
Na fala, a presidente também comentou, de forma indireta, a falta de consenso no PP em torno da campanha dela. Esta será a primeira eleição em que o partido se coligará numa chapa presidencial com o PT.
A iniciativa deve garantir cerca de um minuto na publicidade eleitoral gratuita de Dilma.
Apesar de a ampla maioria se posicionar a favor da atual gestão, os Diretórios Estaduais do PP de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul sinalizam que apoiarão a candidatura presidencial do PSDB.
"Ao longo desse processo, nós temos situações extremas, de conflito, que nem todo mundo concorda conosco. Isso faz parte da democracia, principalmente, num país tão diverso como o nosso. Mas tenho certeza que nós temos um compromisso que é um compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável, social e a redução da desigualdade do nosso país", afirmou a presidente.
Na questão social, Dilma também ressaltou a participação do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, na condução do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), uma das bandeiras de campanha do PT.
"Uma coisa que nunca o Brasil viu. Agradeço, profundamente, essa parceria, essa aliança no sentido mais profundo da palavra, que é a capacidade de juntos construirmos algo que é para o bem comum, de todos os brasileiros."
Em outro momento de afago ao PP, Dilma mostrou-se grata pela adesão da bancada da sigla no Congresso à votação da proposta que estabeleceu que 75% dos royalties do pré-sal sejam destinados à área de Educação.
Copa
A presidente também criticou a cobrança do "padrão Fifa" nas obras da Copa do Mundo.
O termo ficou popularmente conhecido com o início das construções para a Copa em que a entidade estabeleceu ao país "padrões de qualidade" adotados em outras nações que sediaram o mundial.
"Eu acredito que o padrão Fifa é uma forma incorreta no Brasil de se tratar algumas questões.
Os aeroportos no Brasil não tem padrão Fifa, tem padrão Brasil", disse. Logo no início do pronunciamento sobre o torneio, Dilma destacou um artigo publicado pelo jornalista Mário Magalhães em que se critica o "padrão Fifa".
"Fiquei feliz porque tem uma mania no Brasil de olhar os gastos da Copa e fazer uma avaliação critica da Copa", disse a pré-candidata do PT à reeleição.
"Não estamos fazendo aeroporto só para a Fifa ou só para a Copa. Estamos fazendo aeroporto para os brasileiros. Se a gente tinha 33 milhões de brasileiros que viajavam de avião e hoje tem 113 milhões, ampliar os aeroportos, qualificá-los, melhorá-los, é garantir aeroportos para o Brasil."
Dilma também defendeu que os visitantes do campeonato sejam "bem-recebidos".
As declarações dela ocorrem um dia após integrantes da seleção brasileira serem alvo de protestos ao se apresentar em Teresópolis, na região serrana do Rio.
"Temos de receber muito bem os nossos visitantes porque, quando a gente vai assistir à Copa em outros países, somos muito bem-recebidos. É esse o único legado que a gente deixa para os visitantes. Eles não levam aeroporto, estádio e nenhum projeto de mobilidade urbana realizado. Eles podem levar a certeza que nós somos um povo gentil, hospitaleiro, civilizado e afetivo", declarou.
São Paulo - Ao receber nesta terça-feira o apoio do PP à campanha de reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) recorreu ao tom eleitoral e fez críticas indiretas ao pré-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB).
A estratégia de Dilma segue uma linha traçada pela cúpula do PT de polarizar a disputa presidencial, neste momento, com Aécio.
No discurso para uma plateia composta por integrantes do PP, ela ressaltou que um dos orgulhos do governo é não ter caído na tentação de medidas impopulares para enfrentar a crise econômica mundial.
"Podemos dizer para o resto do mundo que passamos pela pior crise desde 1929. Eu acho que nós podemos nos orgulhar de, mantendo a estabilidade, termos conseguido assegurar o nível de emprego e não caímos na tentação nas chamadas medidas impopulares, que nada mais são do que recessão, desemprego e arrocho salarial", afirmou.
As declarações de Dilma são uma crítica indireta ao pré-candidato do PSDB a presidente, que, caso seja eleito, diz que pretende recorrer a "medidas impopulares" para assegurar a estabilidade da economia do Brasil.
Na fala, a presidente também comentou, de forma indireta, a falta de consenso no PP em torno da campanha dela. Esta será a primeira eleição em que o partido se coligará numa chapa presidencial com o PT.
A iniciativa deve garantir cerca de um minuto na publicidade eleitoral gratuita de Dilma.
Apesar de a ampla maioria se posicionar a favor da atual gestão, os Diretórios Estaduais do PP de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul sinalizam que apoiarão a candidatura presidencial do PSDB.
"Ao longo desse processo, nós temos situações extremas, de conflito, que nem todo mundo concorda conosco. Isso faz parte da democracia, principalmente, num país tão diverso como o nosso. Mas tenho certeza que nós temos um compromisso que é um compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável, social e a redução da desigualdade do nosso país", afirmou a presidente.
Na questão social, Dilma também ressaltou a participação do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, na condução do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), uma das bandeiras de campanha do PT.
"Uma coisa que nunca o Brasil viu. Agradeço, profundamente, essa parceria, essa aliança no sentido mais profundo da palavra, que é a capacidade de juntos construirmos algo que é para o bem comum, de todos os brasileiros."
Em outro momento de afago ao PP, Dilma mostrou-se grata pela adesão da bancada da sigla no Congresso à votação da proposta que estabeleceu que 75% dos royalties do pré-sal sejam destinados à área de Educação.
Copa
A presidente também criticou a cobrança do "padrão Fifa" nas obras da Copa do Mundo.
O termo ficou popularmente conhecido com o início das construções para a Copa em que a entidade estabeleceu ao país "padrões de qualidade" adotados em outras nações que sediaram o mundial.
"Eu acredito que o padrão Fifa é uma forma incorreta no Brasil de se tratar algumas questões.
Os aeroportos no Brasil não tem padrão Fifa, tem padrão Brasil", disse. Logo no início do pronunciamento sobre o torneio, Dilma destacou um artigo publicado pelo jornalista Mário Magalhães em que se critica o "padrão Fifa".
"Fiquei feliz porque tem uma mania no Brasil de olhar os gastos da Copa e fazer uma avaliação critica da Copa", disse a pré-candidata do PT à reeleição.
"Não estamos fazendo aeroporto só para a Fifa ou só para a Copa. Estamos fazendo aeroporto para os brasileiros. Se a gente tinha 33 milhões de brasileiros que viajavam de avião e hoje tem 113 milhões, ampliar os aeroportos, qualificá-los, melhorá-los, é garantir aeroportos para o Brasil."
Dilma também defendeu que os visitantes do campeonato sejam "bem-recebidos".
As declarações dela ocorrem um dia após integrantes da seleção brasileira serem alvo de protestos ao se apresentar em Teresópolis, na região serrana do Rio.
"Temos de receber muito bem os nossos visitantes porque, quando a gente vai assistir à Copa em outros países, somos muito bem-recebidos. É esse o único legado que a gente deixa para os visitantes. Eles não levam aeroporto, estádio e nenhum projeto de mobilidade urbana realizado. Eles podem levar a certeza que nós somos um povo gentil, hospitaleiro, civilizado e afetivo", declarou.