Brasil

Dilma rebate acusações do pedido de impeachment

A presidente destacou que a crise atual está acontecendo pelo fato de a eleição de 2014 ter sido vencida por uma margem estreita, de pouco mais de 3 mi de votos


	Dilma Rousseff: para ela, não é por causa da crise econômica que está ocorrendo a crise política
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Dilma Rousseff: para ela, não é por causa da crise econômica que está ocorrendo a crise política (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 12h07.

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (19) que o Brasil tem um “veio golpista adormecido” e que não houve um presidente após a redemocratização do país que não tenha tido um processo de impedimento no Congresso Nacional.

“Se nós acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país no regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Tenho certeza que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram”, afirmou Dilma, em entrevista a veículos estrangeiros no Palácio do Planalto.

Dilma também ressaltou que se crise econômica fosse argumento “para tirar presidente da República não teria um único presidente da República nos países desenvolvidos que sobrevivesse à profunda crise econômica com desemprego”.

Para ela, não é por causa da crise econômica que está ocorrendo a crise política.

A presidente destacou que a crise atual está acontecendo pelo fato de a eleição de 2014 ter sido vencida por uma margem estreita, de pouco mais de 3 milhões de votos.

A petista recebeu 54 milhões de votos. “Essa eleição perdida por essa margem tornou no Brasil a oposição derrotada bastante reativa a essa vitória e por isso começaram um processo de desestabilização do meu mandato desde o início dele. Este meu segundo mandato, há 15 meses, tem o signo da desestabilização política”, afirmou.

Os deputados aprovaram neste domingo (17), por 367 votos a favor e 137 contra, o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma.

Em uma entrevista concedida à imprensa ontem (18), Dilma disse se sentir indignada e injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados.

Se a admissibilidade do afastamento for aprovada também pelos senadores, a presidente será afastada do cargo por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si e define se Dilma terá o mandato cassado.

Texto atualizado às 12h05

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Alckmin presta socorro a passageira em voo de Brasília a São Paulo

Tabata Amaral oficializa candidatura em convenção do PSB com vaga de vice em aberto

PSDB confirma candidatura de Datena e define vice em convenção marcada por confusão em SP

Após série de apagões na Ilha do Governador, ministro cogita não renovar com a Light no Rio

Mais na Exame