Brasil

Dilma perdeu legitimidade para conduzir mudanças, diz CNI

"O problema nosso hoje é essa sangria ficar ainda três meses, quatro meses, seis meses. A economia acabou. As empresas estão fechando", afirmou


	CNI: "o problema nosso hoje é essa sangria ficar ainda três meses, quatro meses, seis meses. A economia acabou. As empresas estão fechando", afirmou
 (José Cruz/Agência Brasil)

CNI: "o problema nosso hoje é essa sangria ficar ainda três meses, quatro meses, seis meses. A economia acabou. As empresas estão fechando", afirmou (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 16h03.

Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira, 29, que a presidente da República, Dilma Rousseff, perdeu a "legitimidade" para conduzir as reformas que o país precisa para sair da crise.

"Francamente, o governo está perdendo muito a legitimidade para dar continuidade às mudanças que o país deseja e até hoje não foram realizadas", afirmou Andrade.

Segundo ele, nem todas as federações se manifestaram claramente a favor do impeachment da presidente, mas todas são a favor de uma "solução rápida, democrática e dentro do Estado de direito".

"O problema nosso hoje é essa sangria ficar ainda três meses, quatro meses, seis meses. A economia acabou. As empresas estão fechando", afirmou. Ele disse que hoje recebeu a informação do fechamento da fábrica da Souza Cruz, no Rio Grande do Sul.

"A posição da CNI é que não dá para continuar com o país da forma que nós estamos, com problemas éticos, falta de credibilidade, falta de legitimidade", afirmou.

Andrade diz que a CNI vai respeitar as decisões que forem tomadas pelo Congresso e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A preocupação da confederação, segundo o presidente, é com o dia seguinte ao impeachment, se ele de fato ocorrer.

"Temos que construir projetos e propostas para o país sair da crise. Vamos ter que construir com quem estiver no poder", afirmou.

"Se o próximo governo não tomar medidas drásticas e duras, vamos continuar do mesmo jeito", disse ao defender, entre outras, as reformas da Previdência, administrativa e trabalhista.

"Se quem entrar não tiver a coragem suficiente de fazer as reformas, não vai adiantar. Se a presidente continuar e não fizer as reformas, vamos continuar sangrando e o país quebrando", previu.

O presidente da CNI disse que a confederação apoiou a maior parte das propostas do documento "Uma Ponte para o Futuro", lançado no fim de 2015, com as medidas propostas pelo PMDB para a retomada do crescimento econômico.

"Mas quem entrar vai ter coragem de colocar todas essas medidas em prática? Tem que ter. Estamos numa situação que o país é um caos completo: desânimo, descrédito, ninguém acredita em mais nada", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaCrise econômicaCrise políticaDilma RousseffGovernoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresReforma política

Mais de Brasil

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo

Quem foi Luiz Galeazzi, empresário morto em queda de avião em Gramado

Em SP, 65.000 seguem sem luz e previsão é de chuva para a tarde deste domingo

Sobe para 41 número de mortos em acidente em Minas Gerais