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Dilma pede nova perícia de empresas da campanha de 2014

Dilma Rousseff pediu ao TSE que faça uma nova perícia nas contas de empresas que prestaram serviços à campanha eleitoral de 2014

Dilma: defesa pediu nova perícia depois que as investigações preliminares apontaram indícios de fraude (Evaristo Sa / AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 14h07.

Brasília - Os advogados da ex-presidente Dilma Rousseff pediram que o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) realize uma nova perícia sobre as contas de empresas que prestaram serviços à campanha eleitoral que elegeu em 2014 a petista e o então vice e atual presidente da República, Michel Temer .

Há cerca de 15 dias, técnicos da Corte eleitoral concluíram a análise dos documentos e identificaram irregularidades nas contratações. A suspeita da Justiça eleitoral é de que as firmas sejam empresas de fachada.

A perícia é feita no âmbito das quatro ações de investigação eleitoral, propostas pelo PSDB, que podem gerar a cassação da chapa formada por Dilma e Temer.

Segundo o laudo apresentado pelos técnicos do TSE, três empresas não apresentaram documentos capazes de comprovar que efetivamente prestaram serviços no valor pago pela campanha presidencial. As empresas que se encontram nessa situação são a Gráfica VTPB, a Red Seg Gráfica e Editora e a Focal.

A defesa de Dilma apresentou nesta quinta-feira, 8, ao TSE um parecer técnico com divergências do trabalho realizado pelos técnicos da Corte. O documento dos advogados da petista foi realizado por um auditor independente. A análise feita tem mais de 8 mil páginas, segundo os advogados, e 37 volumes de documentos.

Em nota, o advogado Flávio Caetano, responsável pela defesa de Dilma perante o TSE, destaca que há documentos disponíveis em fontes de informação abertas que não foram consideradas pelos peritos da Justiça Eleitoral.

"O parecer contábil divergente comprovou que os serviços contratados com as empresas Focal, VTPB e Red Seg foram devidamente prestados, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse havido desvios de valores", escreveu Caetano.

A defesa de Temer tenta, no TSE, separar a situação dele do caso de Dilma. A nota assinada pela defesa de Dilma, no entanto, menciona que uma das empresas suspeitas realizou santinhos para a campanha de Temer como vice-presidente.

"Além de demonstrar a entrega total do material contratado, o parecer contábil divergente constatou ainda que a campanha presidencial recebeu a mais da fornecedora VTPB, cerca de 50 milhões de santinhos dedicados a campanha do Vice Michel Temer", escreveu o advogado.

Sob alegação de que o relatório dos peritos do TSE foi "insuficiente, incompleto e impreciso", a defesa de Dilma pediu uma nova perícia para considerar as "8 mil páginas de documentos juntadas aos autos e não examinadas pela perícia anterior".

Após o fim da fase de perícia, o TSE dá início aos depoimentos de testemunhas no caso. As oitivas de pelo menos dez testemunhas já estão agendadas para serem realizadas nos próximos dias 16 e 19.

O pedido dos advogados de Dilma pela nova análise dos documentos de empresas que prestaram serviços para a campanha será analisado pelo relator do caso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Herman Benjamin.

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Brasília - Os advogados da ex-presidente Dilma Rousseff pediram que o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) realize uma nova perícia sobre as contas de empresas que prestaram serviços à campanha eleitoral que elegeu em 2014 a petista e o então vice e atual presidente da República, Michel Temer .

Há cerca de 15 dias, técnicos da Corte eleitoral concluíram a análise dos documentos e identificaram irregularidades nas contratações. A suspeita da Justiça eleitoral é de que as firmas sejam empresas de fachada.

A perícia é feita no âmbito das quatro ações de investigação eleitoral, propostas pelo PSDB, que podem gerar a cassação da chapa formada por Dilma e Temer.

Segundo o laudo apresentado pelos técnicos do TSE, três empresas não apresentaram documentos capazes de comprovar que efetivamente prestaram serviços no valor pago pela campanha presidencial. As empresas que se encontram nessa situação são a Gráfica VTPB, a Red Seg Gráfica e Editora e a Focal.

A defesa de Dilma apresentou nesta quinta-feira, 8, ao TSE um parecer técnico com divergências do trabalho realizado pelos técnicos da Corte. O documento dos advogados da petista foi realizado por um auditor independente. A análise feita tem mais de 8 mil páginas, segundo os advogados, e 37 volumes de documentos.

Em nota, o advogado Flávio Caetano, responsável pela defesa de Dilma perante o TSE, destaca que há documentos disponíveis em fontes de informação abertas que não foram consideradas pelos peritos da Justiça Eleitoral.

"O parecer contábil divergente comprovou que os serviços contratados com as empresas Focal, VTPB e Red Seg foram devidamente prestados, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse havido desvios de valores", escreveu Caetano.

A defesa de Temer tenta, no TSE, separar a situação dele do caso de Dilma. A nota assinada pela defesa de Dilma, no entanto, menciona que uma das empresas suspeitas realizou santinhos para a campanha de Temer como vice-presidente.

"Além de demonstrar a entrega total do material contratado, o parecer contábil divergente constatou ainda que a campanha presidencial recebeu a mais da fornecedora VTPB, cerca de 50 milhões de santinhos dedicados a campanha do Vice Michel Temer", escreveu o advogado.

Sob alegação de que o relatório dos peritos do TSE foi "insuficiente, incompleto e impreciso", a defesa de Dilma pediu uma nova perícia para considerar as "8 mil páginas de documentos juntadas aos autos e não examinadas pela perícia anterior".

Após o fim da fase de perícia, o TSE dá início aos depoimentos de testemunhas no caso. As oitivas de pelo menos dez testemunhas já estão agendadas para serem realizadas nos próximos dias 16 e 19.

O pedido dos advogados de Dilma pela nova análise dos documentos de empresas que prestaram serviços para a campanha será analisado pelo relator do caso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Herman Benjamin.

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