Brasil

Dilma nega mudanças na coordenação política

A presidente negou que fará mudanças na coordenação política do governo e afirma que pretende envolver mais ministros e partidos no debate


	Dilma Rousseff: segundo reportagens, Dilma estaria disposta a retirar o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Dilma Rousseff: segundo reportagens, Dilma estaria disposta a retirar o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 20h53.

A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira que fará mudanças na coordenação política, disse que pretende envolver mais ministros e partidos no debate e voltou a defender o direito à livre manifestação.

Segundo reportagens publicadas pela mídia, Dilma estaria disposta a retirar o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política para melhorar a relação estremecida do governo com a base aliada no Congresso Nacional.

"Não há nenhuma modificação na coordenação política, a não ser o seguinte: nós vamos aumentar o número de pessoas e de partidos, obviamente, e vamos fazer um rodízio sistematicamente trazendo ministros novos para o debate", afirmou Dilma a jornalistas, após participar da entrega de casas do programa "Minha Casa Minha Vida" em Rio Branco, no Acre.

Mais cedo nesta quarta-feira, a Presidência da República já havia negado em nota oficial qualquer mudança na Casa Civil, dizendo que "Mercadante tem total confiança da presidente e seguirá cumprindo suas funções".

Dilma enfrenta uma crise política com os aliados no Congresso e se esforça para fazer um forte ajuste fiscal, que pode desacelerar os investimentos públicos no país e levar o governo a adotar medidas consideradas impopulares.

Dilma tem sido alvo de protestos populares, inclusive pedindo o seu impeachement, e voltou a defender o direito de a população se manifestar, desde que seja de forma pacífica.

"Se nós temos o direito de manifestar, nós temos o direito de manifestar. O que nós não temos é o direito de ser violentos", afirmou Dilma.

Durante um pronunciamento na TV no domingo, em que defendeu os ajustes fiscais do governo, houve manifestações e panelaços em várias cidades do país, e ela foi vaiada durante um evento em São Paulo na terça-feira.

"Acredito que uma das maiores conquistas do nosso país foi a democracia... não tenho o menor, mas o menor, interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição à livre manifestação nesse país", disse a presidente.

Protestos contra o governo Dilma, que também devem pedir a saída da presidente, foram convocados para domingo em várias cidades do país.

"A livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender, e tem ao mesmo tempo de defender que ela seja feita de forma pacífica."

*Atualizada às 20h53 do dia 11/03/2015

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGoverno DilmaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Lewandowski diz que governo só apresentará PEC da Segurança Pública após Lula consultar governadores

TCU entende que Lula pode ficar com relógio de luxo recebido antes de mudança na regra de presentes

PGR aciona STF e pede suspensão das emendas Pix

Justiça suspende lei que cria escolas cívico-militares em SP

Mais na Exame