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Dilma nega irregularidades e diz que não respeita delator

A presidente negou qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, após imprensa divulgar declarações de empreiteiro da UTC

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	Dilma Rousseff: "eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade"
 (REUTERS/Francois Lenoir)

Dilma Rousseff: "eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade" (REUTERS/Francois Lenoir)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às, 16h40.

Nova York - A presidente Dilma Rousseff negou nesta segunda-feira qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, depois que a imprensa divulgou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato, que deu dinheiro à campanha da petista.

A presidente disse a jornalistas durante visita a Nova York que todos os recursos arrecadados por sua campanha foram legais e registrados e afirmou não aceitar que insinuem qualquer irregularidade contra ela ou sua campanha eleitoral.

"Eu não respeito delator", declarou a presidente aos jornalistas. "Até porque, eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora... Eu garanto para você que eu resisti bravamente", disse Dilma, sobre o período em que foi presa e torturada durante o regime militar.

Dilma defendeu que a Justiça investigue todas as informações dadas por Pessoa, mas disse não aceitar "jamais" que insinuem irregularidades em relação a ela.

"A minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado... Na mesma época que eu recebi os recursos, pelo menos uma das vezes, o candidato que concorria comigo recebeu também, uma diferença muito pequena de valores, eu estou falando do Aécio Neves", completou a presidente.

"Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade", acrescentou Dilma, afirmando ainda que nunca encontrou Pessoa.

Na sexta-feira, a imprensa divulgou que, em seu processo de delação premiada, Pessoa entregou ao Ministério Público uma lista de políticos que teriam recebido dinheiro da UTC Engenharia proveniente de propinas pagas para obtenção de contratos com a Petrobras.

Na ocasião, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, emitiu nota afirmando que a campanha da petista recebeu 7,5 milhões de reais em doações da UTC Engenharia, que foram legais e registradas junto à Justiça Eleitoral.

Em entrevista coletiva no sábado, o ministro voltou a comentar o assunto e questionou o fato de doações feitas pela empreiteira a outros candidatos não terem recebido o mesmo destaque dado aos recursos destinados à campanha petista e viu vazamento seletivo nas informações divulgadas sobre a delação de Pessoa.

A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras em que empreiteiras formaram um cartel para obter contratos de obras da empresa. Em troca, pagavam propina a funcionários da estatal, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, a políticos e partidos.

Pessoa, que fez acordo de delação premiada em troca de redução da pena, é apontado pelo Ministério Público como o chefe do clube de empresas que cartelizavam as licitações da Petrobras.

BASES PARA O CRESCIMENTO

Antes da entrevista para os jornalistas, Dilma participou do encerramento de encontro com empresários em Nova York. Em discurso, a presidente afirmou que há uma grande demanda por infraestrutura no país e disse que o Brasil passa por uma fase de construção das bases para a retomada do crescimento econômico.

"Estamos em uma fase de construção das bases para o novo ciclo de expansão do crescimento e faz parte dessa estratégia a adoção de medidas de controle da inflação e do equilíbrio, e a busca do equilíbrio fiscal", discursou a presidente, que defendeu ainda a necessidade de aumento da produtividade da economia.

"Para aumentar nossa produtividade, precisamos aumentar nossa taxa de investimento, sobretudo investimento em infraestrutura... Sobretudo em um período de maior restrição fiscal, como nós atravessamos hoje, é preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado. É essa a demanda sobre nós", afirmou.

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