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Dilma não teria risco se votação do impeachment fosse hoje

Com metade da Câmara a seu favor, Dilma não correria riscos se votação do impeachment fosse hoje, aponta jornal O Globo

Dilma Rousseff: para barrar o andamento do impeachment, o governo precisaria de no mínimo 172 votos (Lula Marques/ Agência PT)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 20h54.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff não correria o risco de ver avançar o pedido de impeachment na Câmara dos Deputado s se a votação fosse hoje.

É o que mostra um levantamento feito pelo jornal O Globo, que ouviu as lideranças dos 17 maiores partidos da Casa. A petista teria a seu favor ao menos 258 dos 513 deputados – 50,3% do total da Câmara.

A margem pode ser considerada confortável quando o assunto é o impeachment. O relatório a ser produzido pela Comissão Especial a ser formada pelos deputados será levado ao plenário da Câmara, e lá todos votarão pelo prosseguimento ou não do processo.

Para barrar o andamento do impeachment , o governo precisaria de no mínimo 172 votos – um terço do total.

Contudo, segundo as lideranças dos maiores partidos da Câmara, o cenário atual dá ao governo uma ‘gordura’ de 86 votos a mais do que a margem mínima necessária.

A atual situação justifica a pressa de Dilma e seus aliados em avançar rapidamente com a discussão do processo de impedimento, ao passo que a oposição tem opiniões divergentes sobre manter o recesso de fim de ano ou não, a fim de poder mobilizar as ruas a favor da saída da presidente.

De acordo com o levantamento de O Globo, a oposição só teria hoje 182 votos, bem distantes dos dois terços necessários (342 votos) para que o processo do impeachment avance na Câmara.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse ao HuffPost Brasil na quinta-feira (3) que há tempo para a oposição reunir os votos necessários até o momento da discussão no plenário.

A volatilidade, aliás, foi levantada por vários líderes de diversas bancadas. Salvo os dois polos distintos – DEM, PSDB, PPS e Solidariedade somam 99 votos pró-impeachment, enquanto PT, PCdoB e PSol, mais Rede e PDT levam aqueles contra o processo a um total de 100 –, os demais partidos e seus deputados podem votar segundo a maré vinda das ruas no momento.

Nenhum partido representa melhor as divergências internas do que o PMDB.

Ao jornal, o líder da legenda Leonardo Picciani (RJ) afirmou acreditar que “60% dos peemedebistas são contra o impeachment”, contra 20% que seriam a favor e outros 20% de indecisos.

Não se pode diminuir o poder de influência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dentro do partido. Foi ele quem deflagrou o processo nesta semana e agora virou ‘inimigo público número 1’ do governo.

Com 65 membros, a Comissão Especial deve iniciar o seu trabalho na próxima segunda-feira (9), com PMDB e PT tendo direito a oito postos cada.

Onze deputados virão da oposição (PSDB, PPS, PSB e SD), com os demais assentos pulverizados entre os demais partidos com representação na Câmara.

Enquanto a questão é analisada, o governo deve buscar apoio junto aos governadores, inclusive os de oposição, para ver enterrada a discussão o mais rápido possível.

Já os opositores de Dilma apostam no agravamento da crise econômica para conquistar apoio popular e, consequentemente, ver uma virada dos votos hoje desfavoráveis.

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São Paulo - A presidente Dilma Rousseff não correria o risco de ver avançar o pedido de impeachment na Câmara dos Deputado s se a votação fosse hoje.

É o que mostra um levantamento feito pelo jornal O Globo, que ouviu as lideranças dos 17 maiores partidos da Casa. A petista teria a seu favor ao menos 258 dos 513 deputados – 50,3% do total da Câmara.

A margem pode ser considerada confortável quando o assunto é o impeachment. O relatório a ser produzido pela Comissão Especial a ser formada pelos deputados será levado ao plenário da Câmara, e lá todos votarão pelo prosseguimento ou não do processo.

Para barrar o andamento do impeachment , o governo precisaria de no mínimo 172 votos – um terço do total.

Contudo, segundo as lideranças dos maiores partidos da Câmara, o cenário atual dá ao governo uma ‘gordura’ de 86 votos a mais do que a margem mínima necessária.

A atual situação justifica a pressa de Dilma e seus aliados em avançar rapidamente com a discussão do processo de impedimento, ao passo que a oposição tem opiniões divergentes sobre manter o recesso de fim de ano ou não, a fim de poder mobilizar as ruas a favor da saída da presidente.

De acordo com o levantamento de O Globo, a oposição só teria hoje 182 votos, bem distantes dos dois terços necessários (342 votos) para que o processo do impeachment avance na Câmara.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse ao HuffPost Brasil na quinta-feira (3) que há tempo para a oposição reunir os votos necessários até o momento da discussão no plenário.

A volatilidade, aliás, foi levantada por vários líderes de diversas bancadas. Salvo os dois polos distintos – DEM, PSDB, PPS e Solidariedade somam 99 votos pró-impeachment, enquanto PT, PCdoB e PSol, mais Rede e PDT levam aqueles contra o processo a um total de 100 –, os demais partidos e seus deputados podem votar segundo a maré vinda das ruas no momento.

Nenhum partido representa melhor as divergências internas do que o PMDB.

Ao jornal, o líder da legenda Leonardo Picciani (RJ) afirmou acreditar que “60% dos peemedebistas são contra o impeachment”, contra 20% que seriam a favor e outros 20% de indecisos.

Não se pode diminuir o poder de influência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dentro do partido. Foi ele quem deflagrou o processo nesta semana e agora virou ‘inimigo público número 1’ do governo.

Com 65 membros, a Comissão Especial deve iniciar o seu trabalho na próxima segunda-feira (9), com PMDB e PT tendo direito a oito postos cada.

Onze deputados virão da oposição (PSDB, PPS, PSB e SD), com os demais assentos pulverizados entre os demais partidos com representação na Câmara.

Enquanto a questão é analisada, o governo deve buscar apoio junto aos governadores, inclusive os de oposição, para ver enterrada a discussão o mais rápido possível.

Já os opositores de Dilma apostam no agravamento da crise econômica para conquistar apoio popular e, consequentemente, ver uma virada dos votos hoje desfavoráveis.

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