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Dilma não tem direito a lua de mel, diz Aloysio

O candidato a vice da chapa tucana ainda prometeu fazer oposição "firme" e "sem transigência"

Aloysio Nunes: "ela (Dilma) não tem direito à lua de mel que todo governante recém-eleito tem quando tem novo mandato", disse (Antônio Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 09h18.

Brasília - Um dia depois da derrota de Aécio Neves na disputa presidencial, o candidato a vice da chapa tucana, Aloysio Nunes Ferreira, disse nesta segunda-feira, 27, que a presidente Dilma Rousseff "não tem direito à lua de mel" e prometeu fazer oposição "firme" e "sem transigência".

Aloysio e Aécio são senadores eleitos em 2010 - o primeiro, por São Paulo, e o segundo por Minas - e retornam às atividades parlamentares após o fim das eleições.

"Não tem por que diminuir a intensidade da oposição. Ela (Dilma) não tem direito à lua de mel que todo governante recém-eleito tem quando tem novo mandato", afirmou Aloysio ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Nós vamos trabalhar para cobrar aquilo que ela prometeu (na campanha), para revelar aquilo que ela escondeu. Ela não terá trégua da nossa parte." Para Aloysio, o PSDB deixou as eleições deste ano "com um mandato": o de endurecer a oposição.

Com a derrota de Aécio, o PSDB está focado a partir de agora em manter o tom duro de oposição a Dilma usado ao longo da campanha eleitoral.

O partido tem como objetivo levar ao Congresso um discurso afinado com o adotado pelo partido principalmente em São Paulo, onde capitalizou praticamente sozinho o sentimento antipetista dos eleitores.

Além de Aécio e Aloysio, o PSDB contará com outros nomes combativos da sigla para defender essa nova postura, como José Serra (SP), Alvaro Dias (PR) e Tasso Jereissati (CE).

Em 2015, a bancada do PSDB no Senado será menor: a legenda conta hoje com 12 parlamentares e terá 10 a partir do ano que vem.

Na Câmara dos Deputados, onde o PSDB aumentou sua bancada - saltou de 44 para 57 parlamentares -, o partido já se articula para fortalecer a oposição.

Hoje, representantes de partidos do bloco oposicionista se reunirão na casa do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) para começar a alinhar discursos e traçar estratégias.

"Nós não vamos afrouxar as nossas convicções. Quem ganha governa. Quem perde fiscaliza", disse o deputado reeleito Duarte Nogueira (PSDB-SP), que participará do encontro em Brasília. "Nossa oposição vai ser muito intensa e durante todo o mandato (de Dilma). Vamos cobrá-la dos compromissos assumidos."

Diálogo

Alguns parlamentares são céticos sobre a disposição de Dilma em dialogar com a bancada oposicionista no segundo mandato.

O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB em Minas, disse que a presidente "não tem vocação para o diálogo" e é dona de uma "índole autoritária".

"Em momento algum a presidente propôs um diálogo com a oposição. Ela não teve a humildade de mencionar nada em relação aos 48 milhões de eleitores que a rejeitaram e o que fez foi um discurso em que reafirma a continuidade", afirmou o deputado mineiro.

"E não acho que depois de certa idade as pessoas mudem. Não creio nessa conversão súbita, não creio que mude sua índole autoritária. Nossa oposição não vai titubear em vocalizar o desejo de metade do Brasil", afirmou.

Para Duarte Nogueira, conversar com a oposição seria "um bom começo" da presidente. O tucano sugeriu que Dilma fizesse o mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua gestão, mantendo canais de diálogo com representantes de fora da base aliada.

"Se ela (Dilma) quiser, para efeito de início de diálogo, pode sentar para conversar com a gente para explicarmos as nossas teses, que podem ser unidas às ideias que ela já tem. Fica aqui minha sugestão", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Aloysio e Aécio são senadores eleitos em 2010 - o primeiro, por São Paulo, e o segundo por Minas - e retornam às atividades parlamentares após o fim das eleições.

"Não tem por que diminuir a intensidade da oposição. Ela (Dilma) não tem direito à lua de mel que todo governante recém-eleito tem quando tem novo mandato", afirmou Aloysio ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Nós vamos trabalhar para cobrar aquilo que ela prometeu (na campanha), para revelar aquilo que ela escondeu. Ela não terá trégua da nossa parte." Para Aloysio, o PSDB deixou as eleições deste ano "com um mandato": o de endurecer a oposição.

Com a derrota de Aécio, o PSDB está focado a partir de agora em manter o tom duro de oposição a Dilma usado ao longo da campanha eleitoral.

O partido tem como objetivo levar ao Congresso um discurso afinado com o adotado pelo partido principalmente em São Paulo, onde capitalizou praticamente sozinho o sentimento antipetista dos eleitores.

Além de Aécio e Aloysio, o PSDB contará com outros nomes combativos da sigla para defender essa nova postura, como José Serra (SP), Alvaro Dias (PR) e Tasso Jereissati (CE).

Em 2015, a bancada do PSDB no Senado será menor: a legenda conta hoje com 12 parlamentares e terá 10 a partir do ano que vem.

Na Câmara dos Deputados, onde o PSDB aumentou sua bancada - saltou de 44 para 57 parlamentares -, o partido já se articula para fortalecer a oposição.

Hoje, representantes de partidos do bloco oposicionista se reunirão na casa do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) para começar a alinhar discursos e traçar estratégias.

"Nós não vamos afrouxar as nossas convicções. Quem ganha governa. Quem perde fiscaliza", disse o deputado reeleito Duarte Nogueira (PSDB-SP), que participará do encontro em Brasília. "Nossa oposição vai ser muito intensa e durante todo o mandato (de Dilma). Vamos cobrá-la dos compromissos assumidos."

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Alguns parlamentares são céticos sobre a disposição de Dilma em dialogar com a bancada oposicionista no segundo mandato.

O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB em Minas, disse que a presidente "não tem vocação para o diálogo" e é dona de uma "índole autoritária".

"Em momento algum a presidente propôs um diálogo com a oposição. Ela não teve a humildade de mencionar nada em relação aos 48 milhões de eleitores que a rejeitaram e o que fez foi um discurso em que reafirma a continuidade", afirmou o deputado mineiro.

"E não acho que depois de certa idade as pessoas mudem. Não creio nessa conversão súbita, não creio que mude sua índole autoritária. Nossa oposição não vai titubear em vocalizar o desejo de metade do Brasil", afirmou.

Para Duarte Nogueira, conversar com a oposição seria "um bom começo" da presidente. O tucano sugeriu que Dilma fizesse o mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua gestão, mantendo canais de diálogo com representantes de fora da base aliada.

"Se ela (Dilma) quiser, para efeito de início de diálogo, pode sentar para conversar com a gente para explicarmos as nossas teses, que podem ser unidas às ideias que ela já tem. Fica aqui minha sugestão", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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