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Dilma mira MG e Aécio fala de fracasso da presidente

A petista centrou sua artilharia nos dois mandatos do rival, enquanto o tucano repetiu que a presidente fracassou no comando do país

Dilma e Aécio no primeiro debate do 2º turno (Filipe Redondo/BAND)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 07h05.

São Paulo - No primeiro debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) após o primeiro turno da eleição presidencial, a presidente centrou sua artilharia nos dois mandatos do rival no governo de Minas Gerais, enquanto o tucano repetiu que a presidente fracassou no comando do país.

Irônico, Aécio disse em mais de um momento que as propostas apresentadas pela presidente para um eventual segundo mandato davam a impressão de que havia "dois candidatos de oposição" na disputa.

O tucano aproveitou para repetir diversas vezes que não acabará, se eleito, com os programas sociais do governo nem irá privatizar os bancos públicos, dois temas que são alvo constante da campanha petista.

A presidente, por seu lado, citou vários indicadores desfavoráveis de Minas Gerais, Estado governado por Aécio entre 2003 e 2010, todos eles refutados pelo tucano, com os dois se acusando em vários momentos de estarem faltando com a verdade.

O candidato do PSDB mostrou irritação e chamou a adversária de "leviana", quando Dilma citou a construção de um aeroporto no município de Claudio, que, nas palavras da presidente, teria beneficiado um parente do tucano.

"A senhora está sendo leviana, o Ministério Público Federal atestou a regularidade desta obra", disse o tucano, ao que a presidente replicou dizendo que ainda restava a investigação sobre improbidade administrativa.

"Não pode, candidata, fazer uma campanha com tantas inverdades. É mentira atrás de mentira, a sua propaganda é só mentira", acusou o tucano após Dilma afirmar que ele empregou parentes no governo de Minas.

Mas Dilma não se restringiu a atacar a gestão de Aécio à frente do governo mineiro. Ela também mirou no ex-presidente do Banco Central e indicado por Aécio para ministro da Fazenda caso vença, Armínio Fraga.

A presidente lembrou o alto desemprego do período e o fato de a inflação ter ficado acima do teto da meta por dois anos quando Fraga comandava o BC.

"Como é que o senhor quer que eu acredite que a mesma receita, feita pelo mesmo cozinheiro, vai entregar um prato diferente?", questionou Dilma, que ainda ironizou o mantra de Aécio, que sempre fala em "previsibilidade" ao tratar da política econômica de um eventual governo seu.

"Previsibilidade para ter a segunda maior taxa de desemprego do mundo em 2002? Previsibilidade com desemprego?" Ainda neste tema, a presidente disse que o povo brasileiro tinha que ter medo sobre o futuro, dando a oportunidade de Aécio criticar o "discurso do medo" adotado pela propaganda petista em vários momentos da campanha e arrematar dizendo que o medo da população é de o PT continuar a governar o país.

Além de bater na tecla de que Dilma fracassou como presidente, Aécio insistiu também num dos bordões de sua campanha, de que o atual governo perdeu a capacidade de inspirar confiança e atrair investimentos. Ao contrário de grande parte dos debates no primeiro turno da campanha, desta vez as denúncias de corrupção na Petrobras não foram tema dominante. Aécio chegou a perguntar à presidente sobre o caso e aproveitou para dizer que "o seu governo virou um mar de lama".

Dilma, por sua vez, voltou a defender o combate à impunidade e mencionou uma série de denúncias de corrupção envolvendo políticos do PSDB --como o mensalão mineiro, o cartel de trens em São Paulo e a suspeita de compra de votos para aprovação da emenda da reeleição--, ressaltando que estão "todos soltos".

BOLSA FAMÍLIA E ELEIÇÃO EM MINAS A petista e o tucano duelaram mais de uma vez sobre a paternidade do Bolsa Família e sobre o resultado do primeiro turno das eleições em Minas Gerais, retornando ao tema mesmo quando as perguntas eram sobre outros assuntos.

Aécio disse que se for feito um "DNA do Bolsa Família", o resultado apontará Fernando Henrique como pai e a ex-primeira-dama Ruth Cardoso como mãe do programa. Dilma, por sua vez, negou a paternidade tucana do Bolsa Família, afirmando que os programas sociais do governo tucano, como o Bolsa Escola, um dos programas que foram unificados na criação do Bolsa Família, atendiam somente 5 milhões de pessoas enquanto o Bolsa Família atende 50 milhões.

Em reação à propaganda petista que tem usado o fato de Dilma ter ficado em primeiro lugar em Minas Gerais no dia 5 de outubro e de o candidato do PT ao governo ter sido eleito já no primeiro turno, Aécio disse que a presidente foi derrotada no Estado pois a maioria dos eleitores votou nos candidatos da oposição.

Para Dilma, porém, a derrota de Aécio em Minas é um "fato inconteste" e o tucano fazia "sofismas" sobre o assunto.

APOIOS E UNIÃO Em suas considerações finais, o tucano fez questão de citar os apoios de Marina Silva (PSB), terceira colocada no primeiro turno, e de Renata Campos, viúva do ex-presidenciável do PSB Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto, anunciados no fim de semana.

Disse também, como em outros momentos do debate, que deseja fazer um governo de convergência, que una as pessoas, e que não permitirá que o país seja dividido entre "nós e eles".

Já Dilma, usou suas palavras finais para pedir aos eleitores que reflitam sobre "quem tem mais capacidade e experiência para garantir o que consquistamos" e fazer o Brasil avançar mais.

Depois dos longos debates do primeiro turno que tinham sete candidatos, os dois lados cantaram vitória sobre o primeiro confronto direto entre Aécio e Dilma.

Tucanos afirmaram que o candidato traduziu a "indignação" dos brasileiros com a campanha de "mentiras" feita por Dilma, enquanto os petistas viram um bom desempenho da presidente e perguntas não respondidas por Aécio sobre sua atuação como governador.

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Irônico, Aécio disse em mais de um momento que as propostas apresentadas pela presidente para um eventual segundo mandato davam a impressão de que havia "dois candidatos de oposição" na disputa.

O tucano aproveitou para repetir diversas vezes que não acabará, se eleito, com os programas sociais do governo nem irá privatizar os bancos públicos, dois temas que são alvo constante da campanha petista.

A presidente, por seu lado, citou vários indicadores desfavoráveis de Minas Gerais, Estado governado por Aécio entre 2003 e 2010, todos eles refutados pelo tucano, com os dois se acusando em vários momentos de estarem faltando com a verdade.

O candidato do PSDB mostrou irritação e chamou a adversária de "leviana", quando Dilma citou a construção de um aeroporto no município de Claudio, que, nas palavras da presidente, teria beneficiado um parente do tucano.

"A senhora está sendo leviana, o Ministério Público Federal atestou a regularidade desta obra", disse o tucano, ao que a presidente replicou dizendo que ainda restava a investigação sobre improbidade administrativa.

"Não pode, candidata, fazer uma campanha com tantas inverdades. É mentira atrás de mentira, a sua propaganda é só mentira", acusou o tucano após Dilma afirmar que ele empregou parentes no governo de Minas.

Mas Dilma não se restringiu a atacar a gestão de Aécio à frente do governo mineiro. Ela também mirou no ex-presidente do Banco Central e indicado por Aécio para ministro da Fazenda caso vença, Armínio Fraga.

A presidente lembrou o alto desemprego do período e o fato de a inflação ter ficado acima do teto da meta por dois anos quando Fraga comandava o BC.

"Como é que o senhor quer que eu acredite que a mesma receita, feita pelo mesmo cozinheiro, vai entregar um prato diferente?", questionou Dilma, que ainda ironizou o mantra de Aécio, que sempre fala em "previsibilidade" ao tratar da política econômica de um eventual governo seu.

"Previsibilidade para ter a segunda maior taxa de desemprego do mundo em 2002? Previsibilidade com desemprego?" Ainda neste tema, a presidente disse que o povo brasileiro tinha que ter medo sobre o futuro, dando a oportunidade de Aécio criticar o "discurso do medo" adotado pela propaganda petista em vários momentos da campanha e arrematar dizendo que o medo da população é de o PT continuar a governar o país.

Além de bater na tecla de que Dilma fracassou como presidente, Aécio insistiu também num dos bordões de sua campanha, de que o atual governo perdeu a capacidade de inspirar confiança e atrair investimentos. Ao contrário de grande parte dos debates no primeiro turno da campanha, desta vez as denúncias de corrupção na Petrobras não foram tema dominante. Aécio chegou a perguntar à presidente sobre o caso e aproveitou para dizer que "o seu governo virou um mar de lama".

Dilma, por sua vez, voltou a defender o combate à impunidade e mencionou uma série de denúncias de corrupção envolvendo políticos do PSDB --como o mensalão mineiro, o cartel de trens em São Paulo e a suspeita de compra de votos para aprovação da emenda da reeleição--, ressaltando que estão "todos soltos".

BOLSA FAMÍLIA E ELEIÇÃO EM MINAS A petista e o tucano duelaram mais de uma vez sobre a paternidade do Bolsa Família e sobre o resultado do primeiro turno das eleições em Minas Gerais, retornando ao tema mesmo quando as perguntas eram sobre outros assuntos.

Aécio disse que se for feito um "DNA do Bolsa Família", o resultado apontará Fernando Henrique como pai e a ex-primeira-dama Ruth Cardoso como mãe do programa. Dilma, por sua vez, negou a paternidade tucana do Bolsa Família, afirmando que os programas sociais do governo tucano, como o Bolsa Escola, um dos programas que foram unificados na criação do Bolsa Família, atendiam somente 5 milhões de pessoas enquanto o Bolsa Família atende 50 milhões.

Em reação à propaganda petista que tem usado o fato de Dilma ter ficado em primeiro lugar em Minas Gerais no dia 5 de outubro e de o candidato do PT ao governo ter sido eleito já no primeiro turno, Aécio disse que a presidente foi derrotada no Estado pois a maioria dos eleitores votou nos candidatos da oposição.

Para Dilma, porém, a derrota de Aécio em Minas é um "fato inconteste" e o tucano fazia "sofismas" sobre o assunto.

APOIOS E UNIÃO Em suas considerações finais, o tucano fez questão de citar os apoios de Marina Silva (PSB), terceira colocada no primeiro turno, e de Renata Campos, viúva do ex-presidenciável do PSB Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto, anunciados no fim de semana.

Disse também, como em outros momentos do debate, que deseja fazer um governo de convergência, que una as pessoas, e que não permitirá que o país seja dividido entre "nós e eles".

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Depois dos longos debates do primeiro turno que tinham sete candidatos, os dois lados cantaram vitória sobre o primeiro confronto direto entre Aécio e Dilma.

Tucanos afirmaram que o candidato traduziu a "indignação" dos brasileiros com a campanha de "mentiras" feita por Dilma, enquanto os petistas viram um bom desempenho da presidente e perguntas não respondidas por Aécio sobre sua atuação como governador.

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