Brasil

Dilma manterá algumas prerrogativas mesmo afastada

As prerrogativas que ela terá direito pelos próximos 180 dias constam na notificação que o Senado entregará hoje


	Dilma Rousseff: as prerrogativas que ela terá direito pelos próximos 180 dias constam na notificação que o Senado entregará hoje
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: as prerrogativas que ela terá direito pelos próximos 180 dias constam na notificação que o Senado entregará hoje (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 11h28.

Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff terá direito a usar a residência presidencial e a outras prerrogativas do cargo, como salário e uma equipe de segurança, enquanto permanecer afastada, após a decisão do Senado desta quinta-feira de iniciar o julgamento de impeachment.

As prerrogativas que ela terá direito pelos próximos 180 dias, período em que o vice-presidente Michel Temer assumirá interinamente a presidência, constam na notificação que o Senado entregará hoje mesmo para informá-la da abertura do julgamento e do afastamento, publicada no Diário Oficial do Senado.

"Durante o período (de suspensão) manterá as prerrogativas do cargo relativas ao uso da residência oficial, segurança pessoal, assistência de saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e a equipe a serviço do Gabinete Pessoal da presidência", segundo a notificação.

Dilma já havia iniciado ontem, antes de o Senado afastá-la do cargo, o transporte de seus pertences pessoais do Palácio do Planalto ao Palácio da Alvorada, a residência particular da presidência.

A partir do momento em que receber a notificação, "será instaurado o processo de inabilitação por crimes de responsabilidade, e estará suspensa das funções de Presidente da República até a conclusão do julgamento no Senado ou até que finalize o prazo de 180 dias".

A presidente suspensa receberá o documento das mãos do primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves, cuja visita ao Palácio do Planalto está prevista para daqui a pouco.

Alves, em declarações aos jornalistas, afirmou que por respeito à presidente entrará na sede da presidência pela garagem e não pela porta principal.

Ele acrescentou que imediatamente depois irá ao Palácio do Jaburu, residência da vice-presidência, para entregar a notificação a Temer.

Após uma sessão de 20 horas e meia, o Senado decidiu hoje, por 55 votos a favor e 22 contra, iniciar o julgamento político que pode concluir com a cassação definitiva do mandato de Dilma.

O até agora vice-presidente ocupará o lugar de Dilma hoje mesmo, sem cerimônias nem pompas, devido à condição de interinidade que ostentará até se decidir o futuro de Dilma.

Temer declarou hoje, antes de o Senado terminar a votação, que ainda nesta quinta-feira anunciará os ministros que formarão seu novo governo.

Dilma já assinou a exoneração de seus 31 ministros e de todos seus assessores diretos.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Brasil

PF: Plano para matar Moraes foi cancelado após recusa do exército em apoiar golpe

Gilmar Mendes autoriza retomada de escolas cívico-militares em São Paulo

Lula foi monitorado por dois meses pelos 'kids pretos', diz PF