Brasil

Dilma evita se comprometer com etanol mais barato

Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa agricultura


	De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol
 (Marcos Santos/USP Imagens)

De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 18h03.

Brasília - As medidas anunciadas pelo governo para estimular o setor sucroalcooleiro pretendem "reforçar o etanol" e não há compromisso de redução imediata no preço do combustível para o consumidor, informa a presidente Dilma Rousseff.

"Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu chego e digo aqui para vocês: 'Olha, o preço vai ser assim ou assado'. Tem de ver como está o mercado. Eu não tenho como adiantar para vocês", afirmou a presidente, em entrevista no Planalto, nesta terça-feira, 23, ao ser questionada se o preço do etanol cairia com as medidas.

Dilma citou que o governo vai aumentar o porcentual de mistura de álcool anidro à gasolina, de 20% para 25%, lembrando que isso é possível porque a produção de etanol aumentou. "Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."

De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol.

Diante da insistência dos jornalistas se haveria redução de preço na bomba, a presidente respondeu: "Às vezes o preço compensa e às vezes não compensa. O fato de ser flexível é que justifica, hoje, nós termos dado um passo na direção da estabilidade desse setor".

Dilma mencionou ainda que, nos anos 1980, se usava mais o carro a álcool e hoje, prosseguiu, através de uma tecnologia, que é o uso do carro flex fuel, a pessoa escolhe o que quer e pode botar no seu veículo o que quiser de cada um dos combustíveis.

"É isso que faz a diferença. Por isso que o Brasil tem hoje a possibilidade de ter, e eu acredito que teremos cada vez mais, um setor de etanol que vai ter dupla função: produzir para o mercado doméstico, mas tem todas as condições também de exportar."

Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa agricultura. "Quando se trata de cana-de-açúcar que vai virar etanol, ela é extremamente elevada se comparada com outras fontes. E também as nossas usinas, nós temos usinas modernas que são extremamente eficientes. Então, esse setor é um setor que veio para ficar e que nós sempre temos de, volta e meia, revisitar para ver o que pode ser feito para dar suporte para os nossos produtores."

Acompanhe tudo sobre:BiocombustíveisCombustíveisDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPreçosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Brasil se aproxima de 5 mil mortes por dengue em 2024

Unimos uma frente ampla contra uma ameaça maior, diz Nunes ao oficializar candidatura em SP

Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026

Governo Lula é aprovado por 35% e reprovado por 33%, aponta pesquisa Datafolha

Mais na Exame