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Dilma empossa ministros; Lula rouba a cena em cerimônia

Lula desceu a rampa do palácio amparado por Dilma, e sob o coro de "olê, olê, olê, olá, Lula"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h20.

Brasília - Em uma concorrida cerimônia nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff deu posse aos novos ministros da Educação e Ciência e Tecnologia, em evento onde a grande estrela foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se submete a um tratamento contra um câncer na laringe.

Lula desceu a rampa do palácio amparado por Dilma, e sob o coro de "olê, olê, olê, olá, Lula". Sentou-se ao lado da presidente no palanque e, ao tirar o chapéu que passou a usar em seu tratamento contra o câncer, foi longamente aplaudido de pé. O ex-presidente, no entanto, não falou na cerimônia.

Na cerimônia, em que Aloizio Mercadante assumiu o Ministério da Educação no lugar de Fernando Haddad e Marco Antônio Raupp assumiu a Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante, Dilma iniciou seu discurso com uma "saudação especial" ao seu antecessor, a quem chamou de "inesquecível".

"Eu tenho certeza que para vocês, também para mim, é uma honra que seja nesse momento que o nosso querido presidente Lula volta ao Palácio do Planalto pela primeira vez", disse.

Esta foi a primeira cerimônia oficial da qual Lula participou no Palácio do Planalto desde que deixou a Presidência, no início de 2011. No ano passado, ele esteve de volta para acompanhar o velório do seu ex-vice, José Alencar, morto após uma longa batalha contra o câncer.

A troca de ministros, gerada pela saída de Haddad para disputar a eleição municipal em São Paulo, é o início da primeira reforma ministerial de Dilma, que deve indicar outros nomes para pastas cujos titulares são interinos ou disputarão o pleito de outubro.

A candidatura de Haddad foi lançada por Lula e o ex-presidente se empenhou em negociações que afastaram a realização de prévias no PT para definir o candidato da legenda.

Estilo Dilma

Dilma fez novamente uma forte defesa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma das principais bandeiras da gestão Haddad e que sofreu diversos problemas nos últimos anos, como erros nas correções e vazamento de questões.

"Há que se reconhecer que para um processo que abrange milhões de pessoas é inevitável que nos primeiros tempos você tenha alguns desvios. E esses desvios nós temos humildade de reconhecer e corrigir", disse.

Mercadante ressaltou a importância de projetos na pasta que deixa, mas arrancou risos ao dar conselhos ao seu sucessor em relação ao estilo de Dilma, conhecida por sua postura dura em despachos com ministros.

"Toda vez que você levar um projeto, um programa, a primeira fase vai ser de espancamento do projeto. O projeto vai ser desconstituído em todas as funções", disse ele ao se dirigir a seu sucessor na Ciência e Tecnologia.

"E, se ele não estiver consistente, você vai ouvir a expressão: ele não fica de pé... Volte para casa, junte a equipe e trabalhe intensamente e volte a apresentar o projeto".

Raupp respondeu ao conselho de Mercadante, ao destacar o que chamou de "eficiência gerencial" de Dilma.

"A exigência de otimização, otimização dos recursos, é uma tônica no comportamento dela (Dilma), na atuação dela", disse.

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Brasília - Em uma concorrida cerimônia nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff deu posse aos novos ministros da Educação e Ciência e Tecnologia, em evento onde a grande estrela foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se submete a um tratamento contra um câncer na laringe.

Lula desceu a rampa do palácio amparado por Dilma, e sob o coro de "olê, olê, olê, olá, Lula". Sentou-se ao lado da presidente no palanque e, ao tirar o chapéu que passou a usar em seu tratamento contra o câncer, foi longamente aplaudido de pé. O ex-presidente, no entanto, não falou na cerimônia.

Na cerimônia, em que Aloizio Mercadante assumiu o Ministério da Educação no lugar de Fernando Haddad e Marco Antônio Raupp assumiu a Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante, Dilma iniciou seu discurso com uma "saudação especial" ao seu antecessor, a quem chamou de "inesquecível".

"Eu tenho certeza que para vocês, também para mim, é uma honra que seja nesse momento que o nosso querido presidente Lula volta ao Palácio do Planalto pela primeira vez", disse.

Esta foi a primeira cerimônia oficial da qual Lula participou no Palácio do Planalto desde que deixou a Presidência, no início de 2011. No ano passado, ele esteve de volta para acompanhar o velório do seu ex-vice, José Alencar, morto após uma longa batalha contra o câncer.

A troca de ministros, gerada pela saída de Haddad para disputar a eleição municipal em São Paulo, é o início da primeira reforma ministerial de Dilma, que deve indicar outros nomes para pastas cujos titulares são interinos ou disputarão o pleito de outubro.

A candidatura de Haddad foi lançada por Lula e o ex-presidente se empenhou em negociações que afastaram a realização de prévias no PT para definir o candidato da legenda.

Estilo Dilma

Dilma fez novamente uma forte defesa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma das principais bandeiras da gestão Haddad e que sofreu diversos problemas nos últimos anos, como erros nas correções e vazamento de questões.

"Há que se reconhecer que para um processo que abrange milhões de pessoas é inevitável que nos primeiros tempos você tenha alguns desvios. E esses desvios nós temos humildade de reconhecer e corrigir", disse.

Mercadante ressaltou a importância de projetos na pasta que deixa, mas arrancou risos ao dar conselhos ao seu sucessor em relação ao estilo de Dilma, conhecida por sua postura dura em despachos com ministros.

"Toda vez que você levar um projeto, um programa, a primeira fase vai ser de espancamento do projeto. O projeto vai ser desconstituído em todas as funções", disse ele ao se dirigir a seu sucessor na Ciência e Tecnologia.

"E, se ele não estiver consistente, você vai ouvir a expressão: ele não fica de pé... Volte para casa, junte a equipe e trabalhe intensamente e volte a apresentar o projeto".

Raupp respondeu ao conselho de Mercadante, ao destacar o que chamou de "eficiência gerencial" de Dilma.

"A exigência de otimização, otimização dos recursos, é uma tônica no comportamento dela (Dilma), na atuação dela", disse.

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