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Dilma e Obama se comprometem a agilizar vistos

Além do comprometimento, os EUA abrirão em breve dois novos consulados, em Belo Horizonte e Porto Alegre

Dilma e Obama se comprometeram a flexibilizar o sistema de vistos entre os dois países (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h26.

Washington - A presidente Dilma Rousseff e o chefe de governo dos Estados Unidos, Barack Obama, se comprometeram nesta segunda-feira a agilizar a emissão de vistos de turismo e negócios para os cidadãos brasileiros e americanos, em uma reunião em Washington na qual ficaram evidentes suas divergências em política econômica.

Em sua primeira viagem oficial aos EUA como presidente e em retribuição à visita de Obama ao Brasil em março de 2011, Dilma destacou que a relação entre os dois países 'nunca foi mais forte' e defendeu a ideia de reforçá-la ainda mais.

'Fizemos enormes progressos desde nosso último encontro', ressaltou por sua vez Obama, que elogiou a disposição tanto de Dilma como de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, de 'tirar milhões da pobreza' no Brasil e transformar o país em uma voz 'líder' na América Latina e no mundo.

A criação de um comitê de cooperação em assuntos de defesa representa a maior colaboração dos últimos 35 anos neste tema, segundo a Casa Branca. A primeira reunião desse comitê será realizada no próximo dia 24 no Brasil, e dela participarão os secretários de Defesa de ambos os países, Celso Amorim e Leon Panetta.

Dilma e Obama também se comprometeram a flexibilizar o sistema de vistos entre os dois países, com o objetivo de fazer com que cada vez mais brasileiros possam entrar como turistas nos EUA e que mais americanos possam viajar a negócios ao Brasil.

Os EUA abrirão em breve dois novos consulados, em Belo Horizonte e Porto Alegre, anunciou a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que antecipou também que visitará o Brasil na próxima semana, após a Cúpula das Américas de Cartagena de Indias (Colômbia).

Além dos acordos, que incluem o fomento a investimentos dos EUA no Brasil em matéria energética e em relação às oportunidades que serão abertas no país sul-americano em função da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, Dilma expressou a Obama sua 'preocupação' pelas políticas monetárias expansivas dos países ricos.

Essa política dos EUA e da União Europeia (UE) 'em última instância levam à desvalorização das moedas nos países desenvolvidos, levando ao comprometimento dos países emergentes', disse Dilma após seu encontro com Obama.

No entanto, a presidente elogiou o papel desempenhado pelos bancos centrais e, em particular, pelo Banco Central Europeu (BCE) 'para prevenir uma crise de liquidez de proporções consideráveis que afetaria negativamente todos os países'.

O governo Federal acusou EUA e China de promover uma guerra cambial para aumentar suas exportações, o que está prejudicando a competitividade de países em desenvolvimento, como o Brasil.


Obama, por sua vez, afirmou ter conversado com Dilma sobre a Cúpula das Américas do próximo fim de semana em Cartagena, à qual ambos irão, para garantir que estão em 'estreita cooperação' em assuntos como energia limpa, narcotráfico e segurança pública.

Os dois líderes não revelaram se abordaram o tema de Cuba e sua participação em futuras Cúpulas das Américas. Segundo fontes oficiais brasileiras, Dilma queria manifestar hoje a Obama sua 'convicção', compartilhada com a maioria dos países latino-americanos, de que o encontro em Cartagena deveria ser 'a última' cúpula americana 'sem Cuba'.

Obama terá que lidar em Cartagena com o debate sobre a presença de Cuba nas próximas edições da cúpula, já que o país governado por Raúl Castro ficará de fora da próxima pela falta de consenso sobre sua presença. Canadá e Estados Unidos manifestaram abertamente sua rejeição a convidar Cuba com o argumento de que Havana não cumpre o requisito democrático que os participantes das Cúpulas das Américas estabeleceram em 2001.

Também não houve menção hoje ao Irã, mesmo depois de Dilma ter questionado recentemente as sanções impostas ao país islâmico por seu programa nuclear.

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Washington - A presidente Dilma Rousseff e o chefe de governo dos Estados Unidos, Barack Obama, se comprometeram nesta segunda-feira a agilizar a emissão de vistos de turismo e negócios para os cidadãos brasileiros e americanos, em uma reunião em Washington na qual ficaram evidentes suas divergências em política econômica.

Em sua primeira viagem oficial aos EUA como presidente e em retribuição à visita de Obama ao Brasil em março de 2011, Dilma destacou que a relação entre os dois países 'nunca foi mais forte' e defendeu a ideia de reforçá-la ainda mais.

'Fizemos enormes progressos desde nosso último encontro', ressaltou por sua vez Obama, que elogiou a disposição tanto de Dilma como de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, de 'tirar milhões da pobreza' no Brasil e transformar o país em uma voz 'líder' na América Latina e no mundo.

A criação de um comitê de cooperação em assuntos de defesa representa a maior colaboração dos últimos 35 anos neste tema, segundo a Casa Branca. A primeira reunião desse comitê será realizada no próximo dia 24 no Brasil, e dela participarão os secretários de Defesa de ambos os países, Celso Amorim e Leon Panetta.

Dilma e Obama também se comprometeram a flexibilizar o sistema de vistos entre os dois países, com o objetivo de fazer com que cada vez mais brasileiros possam entrar como turistas nos EUA e que mais americanos possam viajar a negócios ao Brasil.

Os EUA abrirão em breve dois novos consulados, em Belo Horizonte e Porto Alegre, anunciou a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que antecipou também que visitará o Brasil na próxima semana, após a Cúpula das Américas de Cartagena de Indias (Colômbia).

Além dos acordos, que incluem o fomento a investimentos dos EUA no Brasil em matéria energética e em relação às oportunidades que serão abertas no país sul-americano em função da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, Dilma expressou a Obama sua 'preocupação' pelas políticas monetárias expansivas dos países ricos.

Essa política dos EUA e da União Europeia (UE) 'em última instância levam à desvalorização das moedas nos países desenvolvidos, levando ao comprometimento dos países emergentes', disse Dilma após seu encontro com Obama.

No entanto, a presidente elogiou o papel desempenhado pelos bancos centrais e, em particular, pelo Banco Central Europeu (BCE) 'para prevenir uma crise de liquidez de proporções consideráveis que afetaria negativamente todos os países'.

O governo Federal acusou EUA e China de promover uma guerra cambial para aumentar suas exportações, o que está prejudicando a competitividade de países em desenvolvimento, como o Brasil.


Obama, por sua vez, afirmou ter conversado com Dilma sobre a Cúpula das Américas do próximo fim de semana em Cartagena, à qual ambos irão, para garantir que estão em 'estreita cooperação' em assuntos como energia limpa, narcotráfico e segurança pública.

Os dois líderes não revelaram se abordaram o tema de Cuba e sua participação em futuras Cúpulas das Américas. Segundo fontes oficiais brasileiras, Dilma queria manifestar hoje a Obama sua 'convicção', compartilhada com a maioria dos países latino-americanos, de que o encontro em Cartagena deveria ser 'a última' cúpula americana 'sem Cuba'.

Obama terá que lidar em Cartagena com o debate sobre a presença de Cuba nas próximas edições da cúpula, já que o país governado por Raúl Castro ficará de fora da próxima pela falta de consenso sobre sua presença. Canadá e Estados Unidos manifestaram abertamente sua rejeição a convidar Cuba com o argumento de que Havana não cumpre o requisito democrático que os participantes das Cúpulas das Américas estabeleceram em 2001.

Também não houve menção hoje ao Irã, mesmo depois de Dilma ter questionado recentemente as sanções impostas ao país islâmico por seu programa nuclear.

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