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Dilma diz que 'não há limites para a cooperação com o Chile'

Em sua primeira visita oficial ao Chile, presidente se reuniu com o líder chileno para discutir a cooperação entre os países na educação e pesquisa científica

Em encontro com líder chileno, Dilma Rousseff assinou acordos para intercâmbios acadêmicos e promoção cultural entre Brasil e Chile (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2013 às 15h42.

Santiago - A presidente Dilma Rousseff declarou neste sábado em Santiago, após uma reunião de trabalho como presidente chileno, Sebastián Piñera, que para o Brasil 'Não há limites na cooperação (...) com o Chile'.

Dilma chegou na sexta-feira à capital chilena para participar da primeira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia (UE), que reúne delegações de cerca de 60 países e acontece hoje e amanhã.

Ainda antes do encontro regional, Dilma, que está visitando oficialmente o Chile pela primeira vez, se reuniu com Piñera durante mais de uma hora no Palácio de La Moeda para discutir temas bilaterais.

A cooperação em educação, cultura e pesquisa científica foi outro tema abordado no encontro, em que participaram também os chanceleres e ministros de Educação dos dois países.

Dilma e Piñera também assinaram acordos para intercâmbios acadêmicos, promoção cultural e para incentivar o ensino mútuo do espanhol e do português.

Além disso, os líderes concordaram que o Brasil poderá utilizar a base chilena em território antártico enquanto reconstrói suas instalações na base 'Comandante Ferraz', destruída por um incêndio há um ano.

Em coletiva de imprensa após o encontro com Piñera, a presidente afirmou que o 'Brasil está pronto para cooperar com o Chile', e mencionou o interesse do governo em se aproximar em temas como energia, biocombustíveis e investimentos.


'Estamos inteiramente dispostos a efetivar todos os passos para construir uma relação mais ampla, mais forte. Não só econômica, mas cultural, científica', ressaltou.

Por sua vez, o presidente Piñera manifestou o interesse de seu país em aumentar os contatos com o Brasil em matéria de ciência e tecnologia, assim como para estabelecer 'corredores bioceânicos' entre a costa chilena no Pacífico e a brasileira no Atlântico.

Para Dilma, a ideia de conectar o Chile ao Brasil através de seus portos é prioritária, pois eles seriam, segundo ela, 'as fronteiras' entre ambas as nações, que não têm limites terrestres.

O Chile faz parte da Aliança do Pacífico, um órgão de integração sub-regional do qual também fazem parte Peru, Colômbia e México, que soma 215 milhões de habitantes e representa cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina.

O bloco, onde estão agrupadas as quatro economias latino-americanas que mais têm crescido, é considerado por muitos analistas um contrapeso ao poderio econômico do Brasil na região, apesar de os membros da Aliança deixarem claro que não pretendem excluir nem competir com nenhum país.

Sobre o uso das instalações chilenas na Antártida por parte do Brasil, Piñera ofereceu toda a ajuda de seu país aos pesquisadores brasileiros pelo tempo que for necessário para que possam realizar seus estudos na base Eduardo Frei.

'No continente branco da paz e do futuro, sem dúvida Brasil e Chile podem colaborar intensamente. Por enquanto, o Chile ofereceu todas as facilidades para a reconstrução da base brasileira que recentemente pegou fogo na Antártica', expressou o governante.

O Brasil fez sua primeira expedição à Antártica em 1982 e dois anos depois terminou a construção de sua primeira base, denominada Comandante Ferraz em homenagem a um oficial naval que morreu no continente branco.

A base ficou destruída há um ano, depois de um incêndio em que morreram duas pessoas, mas Dilma anunciou sua reconstrução, até 2015, com um custo de US$ 57 milhões.

A presidente aproveitou sua reunião com Piñera para agradecer ao Chile o apoio oferecido a muitos brasileiros que se refugiaram no país durante a ditadura militar (1964-1985), entre eles, segundo disse, vários membros de seu gabinete.

A presidente brasileira deve ter hoje encontros bilaterais com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Dilma se reunirá, ainda, com os mais de 40 Chefes de Estado e de governo que foram à Cúpula Celac-UE em Santiago sob o lema 'Aliança Para o Desenvolvimento Sustentável: Promovendo Investimentos de Qualidade Social e Ambiental'. EFE

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A cooperação em educação, cultura e pesquisa científica foi outro tema abordado no encontro, em que participaram também os chanceleres e ministros de Educação dos dois países.

Dilma e Piñera também assinaram acordos para intercâmbios acadêmicos, promoção cultural e para incentivar o ensino mútuo do espanhol e do português.

Além disso, os líderes concordaram que o Brasil poderá utilizar a base chilena em território antártico enquanto reconstrói suas instalações na base 'Comandante Ferraz', destruída por um incêndio há um ano.

Em coletiva de imprensa após o encontro com Piñera, a presidente afirmou que o 'Brasil está pronto para cooperar com o Chile', e mencionou o interesse do governo em se aproximar em temas como energia, biocombustíveis e investimentos.


'Estamos inteiramente dispostos a efetivar todos os passos para construir uma relação mais ampla, mais forte. Não só econômica, mas cultural, científica', ressaltou.

Por sua vez, o presidente Piñera manifestou o interesse de seu país em aumentar os contatos com o Brasil em matéria de ciência e tecnologia, assim como para estabelecer 'corredores bioceânicos' entre a costa chilena no Pacífico e a brasileira no Atlântico.

Para Dilma, a ideia de conectar o Chile ao Brasil através de seus portos é prioritária, pois eles seriam, segundo ela, 'as fronteiras' entre ambas as nações, que não têm limites terrestres.

O Chile faz parte da Aliança do Pacífico, um órgão de integração sub-regional do qual também fazem parte Peru, Colômbia e México, que soma 215 milhões de habitantes e representa cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina.

O bloco, onde estão agrupadas as quatro economias latino-americanas que mais têm crescido, é considerado por muitos analistas um contrapeso ao poderio econômico do Brasil na região, apesar de os membros da Aliança deixarem claro que não pretendem excluir nem competir com nenhum país.

Sobre o uso das instalações chilenas na Antártida por parte do Brasil, Piñera ofereceu toda a ajuda de seu país aos pesquisadores brasileiros pelo tempo que for necessário para que possam realizar seus estudos na base Eduardo Frei.

'No continente branco da paz e do futuro, sem dúvida Brasil e Chile podem colaborar intensamente. Por enquanto, o Chile ofereceu todas as facilidades para a reconstrução da base brasileira que recentemente pegou fogo na Antártica', expressou o governante.

O Brasil fez sua primeira expedição à Antártica em 1982 e dois anos depois terminou a construção de sua primeira base, denominada Comandante Ferraz em homenagem a um oficial naval que morreu no continente branco.

A base ficou destruída há um ano, depois de um incêndio em que morreram duas pessoas, mas Dilma anunciou sua reconstrução, até 2015, com um custo de US$ 57 milhões.

A presidente aproveitou sua reunião com Piñera para agradecer ao Chile o apoio oferecido a muitos brasileiros que se refugiaram no país durante a ditadura militar (1964-1985), entre eles, segundo disse, vários membros de seu gabinete.

A presidente brasileira deve ter hoje encontros bilaterais com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Dilma se reunirá, ainda, com os mais de 40 Chefes de Estado e de governo que foram à Cúpula Celac-UE em Santiago sob o lema 'Aliança Para o Desenvolvimento Sustentável: Promovendo Investimentos de Qualidade Social e Ambiental'. EFE

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