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Dilma diz que não há justificativa para impeachment

A presidente Dilma disse que não há justificativa para o impedimento do seu mandato e voltou a dizer que lutará contra o processo de impeachment

A presidente Dilma Rousseff: Dilma afirmou ainda que o país unido se torna mais forte, porém que só é possível unidade nacional dentro da democracia e da legalidade (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 21h07.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, em um discurso na abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social, que não há justificativa para um pedido de impeachment , além dos que acham que há "um atalho para chegar à Presidência da República".

Dilma disse ainda que está sendo "cobrada pelos acertos" e admitiu que o governo praticou as chamadas pedaladas fiscais --o atraso no repasse de recursos do Tesouro para cobrir o pagamento de programas sociais pelos bancos públicos.

"Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Paguei sim. Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro, não foi empréstimo que pagou. Foi dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país", afirmou.

Em uma plateia de pouco menos de 2.000 pessoas, amplamente favorável ao governo, Dilma foi recebida aos gritos de "não vai ter golpe", "fora Cunha (Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados", e "Ole, Olá, Dilma, Dilma", como ocorreu em um evento na sexta-feira, sua primeira cerimônia depois que Cunha aceitou e deu início ao processo de impeachment.

A participação de Dilma em eventos populares é uma das estratégias do governo para angariar apoio enquanto o processo tramita no Congresso Nacional.

"Na semana passada, vocês sabem, deram início ao pedido de impedimento do meu segundo mandato. Vocês já me ouviram dizer e repito aqui: não há nenhuma justificativa para que isso ocorra, exceto aqueles que acham que tem um atalho para chegar à Presidência da República que não é o voto popular", disse Dilma.

"Quero dizer que vou lutar com todas as minhas forças para que a gente tenha um Brasil que respeita as instituições, que constrói a estabilidade para voltar a crescer o mais rápido possível", acrescentou.

Apesar do apoio de uma maioria ruidosa, houve um pequeno princípio de vaias na chegada dela, logo abafado pelos aplausos e gritos favoráveis. As vaias se repetiram, discretamente, na hora em que foi anunciado o nome da senadora petista Gleisi Hoffmann (PR), citada nas investigações da operação Lava Jato.

Dilma classificou de "tempos muito estranhos" os dias atuais e disse que muitos lutam para que o país se desenvolva, mas "há um pequeno grupo que acha que o quanto pior, melhor, é o melhor caminho".

"Quanto pior para nós, melhor para eles. Mas nós temos força suficiente para lutar contra isso. Nós temos que unificar o país. O Brasil é mais forte que tudo, mas só conseguimos unificar e unir o país dentro da legalidade, da democracia, do Estado de direito", afirmou.

"Ao longo da história, os golpes não constroem a harmonia, a unidade e a pacificação necessária para os países avançarem. Geralmente, o que constroem é o caos e deixam feridas e marcas profundas."

Texto atualizado às 22h07

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, em um discurso na abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social, que não há justificativa para um pedido de impeachment , além dos que acham que há "um atalho para chegar à Presidência da República".

Dilma disse ainda que está sendo "cobrada pelos acertos" e admitiu que o governo praticou as chamadas pedaladas fiscais --o atraso no repasse de recursos do Tesouro para cobrir o pagamento de programas sociais pelos bancos públicos.

"Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Paguei sim. Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro, não foi empréstimo que pagou. Foi dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país", afirmou.

Em uma plateia de pouco menos de 2.000 pessoas, amplamente favorável ao governo, Dilma foi recebida aos gritos de "não vai ter golpe", "fora Cunha (Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados", e "Ole, Olá, Dilma, Dilma", como ocorreu em um evento na sexta-feira, sua primeira cerimônia depois que Cunha aceitou e deu início ao processo de impeachment.

A participação de Dilma em eventos populares é uma das estratégias do governo para angariar apoio enquanto o processo tramita no Congresso Nacional.

"Na semana passada, vocês sabem, deram início ao pedido de impedimento do meu segundo mandato. Vocês já me ouviram dizer e repito aqui: não há nenhuma justificativa para que isso ocorra, exceto aqueles que acham que tem um atalho para chegar à Presidência da República que não é o voto popular", disse Dilma.

"Quero dizer que vou lutar com todas as minhas forças para que a gente tenha um Brasil que respeita as instituições, que constrói a estabilidade para voltar a crescer o mais rápido possível", acrescentou.

Apesar do apoio de uma maioria ruidosa, houve um pequeno princípio de vaias na chegada dela, logo abafado pelos aplausos e gritos favoráveis. As vaias se repetiram, discretamente, na hora em que foi anunciado o nome da senadora petista Gleisi Hoffmann (PR), citada nas investigações da operação Lava Jato.

Dilma classificou de "tempos muito estranhos" os dias atuais e disse que muitos lutam para que o país se desenvolva, mas "há um pequeno grupo que acha que o quanto pior, melhor, é o melhor caminho".

"Quanto pior para nós, melhor para eles. Mas nós temos força suficiente para lutar contra isso. Nós temos que unificar o país. O Brasil é mais forte que tudo, mas só conseguimos unificar e unir o país dentro da legalidade, da democracia, do Estado de direito", afirmou.

"Ao longo da história, os golpes não constroem a harmonia, a unidade e a pacificação necessária para os países avançarem. Geralmente, o que constroem é o caos e deixam feridas e marcas profundas."

Texto atualizado às 22h07

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