Dilma diz que fortalecer Mercosul é importante contra crise
A presidente ressaltou a importância de que os membros do bloco integrem suas cadeias produtivas
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 18h22.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o fortalecimento do Mercosul é importante para que os países do bloco enfrentem as turbulências do mercado internacional, e saudou a adesão de novos integrantes ao grupo, marcado por disputas protecionistas no último ano.
Dilma, que tem implementado diversas medidas para aumentar a competitividade da indústria numa tentativa de reanimar a economia brasileira, destacou a capacidade de produção dos países do bloco, que formam um mercado de "grandes dimensões", e instou maior integração comercial entre as nações.
"A permanência desse cenário global de crise torna ainda mais evidente a importância da nossa integração, que é o que fará cada um de nós mais fortes e mais aptos a enfrentar as turbulências do mercado internacional", disse Dilma durante abertura da reunião com chefes de Estado do bloco, cuja principal ausência foi o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"O Mercosul, nas condições em que estamos, tem que integrar-se cada vez mais através do comércio, através de suas cadeias produtivas, melhorando sua competitividade", disse ela.
A presidente citou a aspiração dos países do bloco, tradicionais exportadores de matéria-prima, de aperfeiçoar a produção e inovação, o que requer a "expansão da infraestrutura logística, capacitação massiva em áreas técnicas e em setores estratégicos".
A melhora da infraestrutura, cujos investimentos foram mínimos nas últimas décadas devido a sucessivas crises nos países da região, é um dos assuntos que será discutido pelos presidentes, que também deverão abordar as recentes medidas de protecionismo que colocaram em lados conflitantes integrantes do bloco.
Dilma e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, terão uma reunião bilateral após a cúpula para discutir questões envolvendo as duas maiores economias da região.
A cúpula discute também a expansão do bloco, criado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Dilma deu boas-vindas à Bolívia, cujo processo de adesão como membro pleno ao bloco está em fase avançado, e citou diálogo exploratório para a inclusão do Equador, cuja economia é dolarizada.
A única ampliação do Mercosul ocorreu em agosto deste ano, quando houve a adesão da Venezuela.
SEM CHÁVEZ, SEM PARAGUAI
O encontro encerra a presidência rotativa do Brasil e é o primeiro a ter a Venezuela como membro pleno do bloco, mas não terá a presença do presidente Hugo Chávez, o que alimentou rumores sobre seu real estado de saúde, após ter sido diagnosticado com câncer por duas vezes nos últimos dois anos.
Chávez, de 58 anos, reapareceu em Caracas nesta sexta, após ter passado por tratamento médico relacionado ao câncer em Cuba. O líder socialista era esperado no encontro em Brasília e não houve uma justificativa oficial para sua ausência. A Venezuela é representada no encontro pelo ministro de Energia e Hidrocarbonetos, Rafael Ramírez.
O bloco manteve a suspensão do Paraguai, imposta após ao processo relâmpago que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, em junho. A punição seguirá até a realização das próximas eleições presidenciais, em abril do ano que vem. A adesão venezuelana se deu à revelia do Paraguai, cujo Congresso era o único a não ter aprovado a entrada do país.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o fortalecimento do Mercosul é importante para que os países do bloco enfrentem as turbulências do mercado internacional, e saudou a adesão de novos integrantes ao grupo, marcado por disputas protecionistas no último ano.
Dilma, que tem implementado diversas medidas para aumentar a competitividade da indústria numa tentativa de reanimar a economia brasileira, destacou a capacidade de produção dos países do bloco, que formam um mercado de "grandes dimensões", e instou maior integração comercial entre as nações.
"A permanência desse cenário global de crise torna ainda mais evidente a importância da nossa integração, que é o que fará cada um de nós mais fortes e mais aptos a enfrentar as turbulências do mercado internacional", disse Dilma durante abertura da reunião com chefes de Estado do bloco, cuja principal ausência foi o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"O Mercosul, nas condições em que estamos, tem que integrar-se cada vez mais através do comércio, através de suas cadeias produtivas, melhorando sua competitividade", disse ela.
A presidente citou a aspiração dos países do bloco, tradicionais exportadores de matéria-prima, de aperfeiçoar a produção e inovação, o que requer a "expansão da infraestrutura logística, capacitação massiva em áreas técnicas e em setores estratégicos".
A melhora da infraestrutura, cujos investimentos foram mínimos nas últimas décadas devido a sucessivas crises nos países da região, é um dos assuntos que será discutido pelos presidentes, que também deverão abordar as recentes medidas de protecionismo que colocaram em lados conflitantes integrantes do bloco.
Dilma e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, terão uma reunião bilateral após a cúpula para discutir questões envolvendo as duas maiores economias da região.
A cúpula discute também a expansão do bloco, criado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Dilma deu boas-vindas à Bolívia, cujo processo de adesão como membro pleno ao bloco está em fase avançado, e citou diálogo exploratório para a inclusão do Equador, cuja economia é dolarizada.
A única ampliação do Mercosul ocorreu em agosto deste ano, quando houve a adesão da Venezuela.
SEM CHÁVEZ, SEM PARAGUAI
O encontro encerra a presidência rotativa do Brasil e é o primeiro a ter a Venezuela como membro pleno do bloco, mas não terá a presença do presidente Hugo Chávez, o que alimentou rumores sobre seu real estado de saúde, após ter sido diagnosticado com câncer por duas vezes nos últimos dois anos.
Chávez, de 58 anos, reapareceu em Caracas nesta sexta, após ter passado por tratamento médico relacionado ao câncer em Cuba. O líder socialista era esperado no encontro em Brasília e não houve uma justificativa oficial para sua ausência. A Venezuela é representada no encontro pelo ministro de Energia e Hidrocarbonetos, Rafael Ramírez.
O bloco manteve a suspensão do Paraguai, imposta após ao processo relâmpago que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, em junho. A punição seguirá até a realização das próximas eleições presidenciais, em abril do ano que vem. A adesão venezuelana se deu à revelia do Paraguai, cujo Congresso era o único a não ter aprovado a entrada do país.