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Dilma diz que Estado precisa reduzir burocracia

“Nós temos uma tradição de burocracia, do selo e do carimbo, que infelizmente é um pouco ibérica”, disse a presidente


	Dilma Rousseff: a presidente aproveitou para anunciar aos produtores de algodão o novo preço mínimo estabelecido pelo governo, que passará a R$ 53 a arroba do produto
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: a presidente aproveitou para anunciar aos produtores de algodão o novo preço mínimo estabelecido pelo governo, que passará a R$ 53 a arroba do produto (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 14h31.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse hoje (11), em Lucas do Rio Verde (MT), a 330 quilômetros de Cuiabá, que o agronegócio brasileiro é exemplo de produtividade para o país.

A presidente falou também sobre a necessidade de o Estado se modernizar, diminuindo a burocracia.

Dilma participou da abertura da colheita da safra brasileira de grãos 2013/2014, e chegou a operar uma máquina colheitadeira de grande porte durante alguns minutos.

Depois, ela viu a soja colhida ser despejada em uma lona.

“É uma imensa alegria assistir àquela quantidade de soja jorrando pela colheitadeira, conseguir pegá-la, jogar para cima e provar um grão de soja”, disse a Dilma, brincando que descobriu uma segunda profissão como operadora de colheitadeira. Falou sobre a importância da formação oferecida pelo Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego aos profissionais treinados para operar a máquina.

A presidente elogiou o crescimento qualitativo do agronegócio nos últimos 20 anos, tornando-se exemplo de sucesso.

“Nas duas últimas décadas, a produção de grãos cresceu 221% e a área plantada apenas 41%. Isso é produtividade na veia, e é isso que nós buscamos para todas as áreas do país”, disse.

Dilma aproveitou para anunciar aos produtores de algodão o novo preço mínimo estabelecido pelo governo, que passará a R$ 53 a arroba do produto.

Como forma de aumentar a produtividade e reduzir gargalos burocráticos, a presidente pediu à população, aos empresários e prefeitos que reclamem do excesso de papeis e peçam a simplificação dos processos.


“Nós temos uma tradição de burocracia, do selo e do carimbo, que infelizmente é um pouco ibérica”, disse, destacando que só será possível traçar um horizonte de sucesso se governo e população modernizarem o Estado brasileiro.

“Os senhores têm de reclamar muito, queixar-se muito que tem papel demais nesse país e que nós temos de simplificar os processos. Não para diminuir fiscalização, não para deixar o mal feito acontecer, não para destruir o meio ambiente, mas, pelo contrário, para acabar com a multiplicidade das exigências desnecessárias”, disse a presidente.

O local escolhido para abrir a colheita desta safra é representativo para a agricultura. Mato Grosso é o principal produtor de grãos do país. Colhe 30% da produção nacional, e o município de Lucas do Rio Verde é um dos destaques, com 1,5% da produção brasileira.

De acordo com o quinto levantamento da safra de grãos 2013/2014, divulgado hoje (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores brasileiros devem colher 193,6 milhões de toneladas.

O volume é 3,6% maior do que o da safra passada, que atingiu 186,9 milhões de toneladas.

Segundo relatório da Conab, os preços desestimulantes e os estoques elevados de alguns grãos impediram que o aumento fosse maior.

Mesmo assim, o país pode se tornar o maior produtor de soja do mundo, ultrapassando 90 milhões de toneladas colhidas nesta safra, e superar os Estados Unidos.

Associada ao milho, que deve passar de 75 milhões de toneladas, os dois produtos representam mais de 85% da produção nacional de grãos.

O plantio de grãos ocupa 55 milhões de hectares.

De acordo com o governo, as exportações do agronegócio brasileiro renderam, em 2013, R$ 99,7 bilhões, um crescimento de 4,3% em relação a 2012.

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