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Dilma diz que dará "soluções rápidas e concretas"

Presidente afirmou também que enviará solicitação para convocação de plebiscito sobre reforma política, uma das exigências das manifestações


	A presidente Dilma Rousseff discursa: "é preciso melhorar muitas coisas no país, mas devemos melhorá-las juntos, somando esforços, sem dispersão", disse
 (AFP)

A presidente Dilma Rousseff discursa: "é preciso melhorar muitas coisas no país, mas devemos melhorá-las juntos, somando esforços, sem dispersão", disse (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 11h25.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira que dará "soluções rápidas e concretas" aos protestos que sacodem o país há três semanas, que enfraqueceram o apoio dos eleitores a sua gestão.

O governo "trabalha para dar respostas e soluções rápidas e concretas para os problemas da economia, do transporte, da saúde, da educação e também a política", disse a chefe de Estado em seu programa semanal de rádio.

"É preciso melhorar muitas coisas no país, mas devemos melhorá-las juntos, somando esforços, sem dispersão", porque "as pessoas que saem às ruas dizem que estamos todos juntos, querendo um Brasil melhor, e que queremos isso mais rápido", afirmou a governante.

Segundo pesquisa divulgada neste sábado, o apoio ao governo Dilma caiu de 57% que atingiu em 8 de junho, antes que a onda de protestos começasse, para 30%, e se as eleições fossem hoje, a reeleição da presidente seria incerta.

Em seu programa de rádio "Conversa com a Presidenta", Dilma reiterou os cinco pactos que propôs ao país na semana passada.

A presidente reiterou que seu governo acelerará a execução de projetos de mobilidade urbana já aprovados mas atrasados, que insistirá na contratação de médicos estrangeiros para melhorar o atendimento na rede de saúde pública e que a legislação de punição à corrupção será reforçada.


Também afirmou que "nos próximos dias" enviará ao Congresso uma solicitação para que seja convocado um plebiscito, através do qual a sociedade será consultada sobre o conteúdo de uma reforma política que as manifestações exigem e que está paralisada há cerca de 15 anos nas câmaras.

"Queremos que os cidadãos opinem, por exemplo, sobre o que querem mudar para escolher seus representantes, ou o que querem mudar sobre o financiamento das campanhas", explicou.

Ontem, cerca de 8 mil pessoas participaram de dois protestos no Rio de Janeiro, no dia da final da Copa das Confederações.

Os organizadores, que protestavam contra o gasto público no campeonato da Fifa, esperavam cerca de 20 mil pessoas, o que levou a polícia a montar o maior esquema de segurança já realizado na cidade.

O primeiro protesto, que começou às 10h na Tijuca, terminou de forma pacífica, mas no segundo, que começou às 15h no mesmo bairro, uma minoria enfrentou com coquetéis Molotov a Polícia Militar, que reprimiu de forma violenta com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de balas de borracha - inclusive no rosto de manifestantes, nos arredores do Maracanã.

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