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Dilma discutirá com ministros material contra homofobia

O governo cancelou o material diante da ameaça de o Congresso convocar Antonio Palocci para depor sobre a evolução de seu patrimônio

Essas decisões foram anunciadas na tarde de hoje pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 21h00.

Brasília - Assustado com a ameaça feita na noite de ontem, no plenário, de convocação do ministro Antonio Palocci ao Congresso para dar explicações sobre a rápida evolução do seu patrimônio caso o governo não retirasse de circulação os vídeos e cartilhas que tratam de homofobia elaborados pelos ministérios da Educação e da Saúde, o governo decidiu receber as bancadas religiosas no Planalto e anunciar a suspensão de divulgação de qualquer material sobre o tema.

Essas decisões foram anunciadas na tarde de hoje pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, logo depois do encerramento de uma conversa com parlamentares das bancadas evangélica, católica e de defesa da família. O ministro anunciou que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção de vídeos e cartilhas contra a homofobia e mandou suspender a divulgação do que já havia sido distribuído. Os ministros da Educação, Fernando Haddad e da Saúde, Alexandre Padilha, serão chamados ao Planalto para conversar sobre o caso.

"A presidente assistiu ao vídeo, não gostou e vai conversar com os ministros. Ela achou que o vídeo era impróprio para o seu objetivo. Não se trata de uma posição só de aparências. A presidente tem as suas convicções e acha que o material é inadequado. Ela foi muito clara nesse sentido e determinou que esse material não circule oficialmente por parte do governo", declarou Gilberto Carvalho, confirmando a informação dos deputados evangélicos.

Os parlamentares evangélicos já haviam transmitido a indignação da presidente Dilma sobre o material que trata de homofobia. Os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ), Ronaldo Fonseca (PR-DF), e o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG) consideraram que o material se tratava de "uma apologia ao homossexualismo". Disseram que "trazia cenas e desenhos de sexo anal e oral", com "uma didática muito agressiva" e se mostraram "preocupados com a maneira virulenta com que esse material está sendo apresentado".

Apesar da pressa do Planalto em receber os parlamentares e atender ao pedido de suspensão das publicações e dos vídeos, Carvalho disse que "não houve recuo" do governo em relação à política de discussão sobre homofobia e que "não tem toma lá, dá cá". Para o ministro, os parlamentares das bancadas religiosas anunciaram que não iriam mais promover a convocação do ministro Palocci porque acharam que essa era a atitude mais conveniente, e não por terem sido atendidos pelo governo.

"Nós oferecemos o diálogo. Eles que tomassem a atitude que achassem consequente. Foram eles que decidiram suspender aquela história de que estavam falando (de convocar o Palocci ao Congresso)", reagiu. Os parlamentares, na saída do Planalto, no entanto, avisaram que não iriam mais ajudar a convocar Palocci, pelo atendimento do pleito sobre o corte na divulgação do material sobre homofobia.

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Brasília - Assustado com a ameaça feita na noite de ontem, no plenário, de convocação do ministro Antonio Palocci ao Congresso para dar explicações sobre a rápida evolução do seu patrimônio caso o governo não retirasse de circulação os vídeos e cartilhas que tratam de homofobia elaborados pelos ministérios da Educação e da Saúde, o governo decidiu receber as bancadas religiosas no Planalto e anunciar a suspensão de divulgação de qualquer material sobre o tema.

Essas decisões foram anunciadas na tarde de hoje pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, logo depois do encerramento de uma conversa com parlamentares das bancadas evangélica, católica e de defesa da família. O ministro anunciou que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção de vídeos e cartilhas contra a homofobia e mandou suspender a divulgação do que já havia sido distribuído. Os ministros da Educação, Fernando Haddad e da Saúde, Alexandre Padilha, serão chamados ao Planalto para conversar sobre o caso.

"A presidente assistiu ao vídeo, não gostou e vai conversar com os ministros. Ela achou que o vídeo era impróprio para o seu objetivo. Não se trata de uma posição só de aparências. A presidente tem as suas convicções e acha que o material é inadequado. Ela foi muito clara nesse sentido e determinou que esse material não circule oficialmente por parte do governo", declarou Gilberto Carvalho, confirmando a informação dos deputados evangélicos.

Os parlamentares evangélicos já haviam transmitido a indignação da presidente Dilma sobre o material que trata de homofobia. Os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ), Ronaldo Fonseca (PR-DF), e o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG) consideraram que o material se tratava de "uma apologia ao homossexualismo". Disseram que "trazia cenas e desenhos de sexo anal e oral", com "uma didática muito agressiva" e se mostraram "preocupados com a maneira virulenta com que esse material está sendo apresentado".

Apesar da pressa do Planalto em receber os parlamentares e atender ao pedido de suspensão das publicações e dos vídeos, Carvalho disse que "não houve recuo" do governo em relação à política de discussão sobre homofobia e que "não tem toma lá, dá cá". Para o ministro, os parlamentares das bancadas religiosas anunciaram que não iriam mais promover a convocação do ministro Palocci porque acharam que essa era a atitude mais conveniente, e não por terem sido atendidos pelo governo.

"Nós oferecemos o diálogo. Eles que tomassem a atitude que achassem consequente. Foram eles que decidiram suspender aquela história de que estavam falando (de convocar o Palocci ao Congresso)", reagiu. Os parlamentares, na saída do Planalto, no entanto, avisaram que não iriam mais ajudar a convocar Palocci, pelo atendimento do pleito sobre o corte na divulgação do material sobre homofobia.

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