Dilma deve usar passagem da Tocha para defender seu governo
A ideia de mostrar "que o jogo só acaba quando termina", entretanto, tende a ser mais comedida, já que o evento de caráter internacional "engessa" a cerimônia
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2016 às 20h52.
Brasília - Mesmo resignada e já aceitando que o seu governo está próximo do fim por conta do processo de impeachment em andamento, a presidente Dilma Rousseff deve usar a cerimônia da passagem da Tocha Olímpica nesta terça-feira, 03, para tentar passar a imagem de que o governo ainda "não jogou a toalha".
A ideia de mostrar "que o jogo só acaba quando termina", entretanto, tende a ser mais comedida, já que o evento de caráter internacional "engessa" a cerimônia.
Além de Dilma, devem discursar o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; o ministro do Esporte, Ricardo Leyser; e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
A escolha do Rio como sede da Olimpíada foi uma bandeira bastante usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em sua gestão conseguiu também concretizar a realização da Copa do Mundo em 2014.
Os dois eventos esportivos sempre foram defendidos pelo governo petista pelo "legado" que deixariam ao País.
Na semana passada, em entrevista à CNN Internacional, Dilma admitiu que ficará "muito triste" se não estiver à frente da Presidência durante os Jogos Olímpicos justamente pelo esforço que o governo empregou no evento.
"Se isso acontecer, eu ficarei muito triste porque nós fizemos um enorme esforço no espírito de parceria com o governo do Rio de Janeiro e nos engajamos num esforço no qual aprendemos muitas lições da recente Copa do Mundo", disse.
A presidente afirmou ainda que o evento deixará "um legado na forma de melhoras urbanas para o Rio de Janeiro. Eu gostaria muito de participar das Olimpíadas porque eu ajudei a construir desde o primeiro dia a matriz de responsabilidade", disse à CNN Internacional.
Em 2009, quando o Rio conquistou o direito de sediar o evento - desbancando Madri, Tóquio e Chicago - Lula participou da cerimônia em Copenhague, na Dinamarca, com "uma delegação de peso".
Além do ex-jogador Pelé, o ex-presidente contou com a companhia, por exemplo, do então presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, hoje cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo de Michel Temer.
Segundo interlocutores da presidente, nestas duas últimas semanas de governo - antes da votação do impeachment no Senado, que pode afastá-la por até 180 dias - Dilma vai intensificar a agenda de eventos pelo País e também deve anunciar novas medidas - como a exemplo da correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste do Bolsa Família, anunciados em evento por conta do Dia do Trabalho, no último domingo.
Evento
A previsão é que a tocha chegue a Brasília por volta das 6 horas, mas desde às 3 horas da madrugada, quando a aeronave ingressar no espaço aéreo brasileiro, ela será monitorada pelo sistema de controle de tráfego aéreo.
Dilma discursará por volta das 10 horas, logo após recepcionar o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que entrará com a tocha por uma entrada lateral do Planalto, às 8h50.
Nuzman irá até a sala de Dilma e juntos os dois descerão a rampa interna do Planalto para a cerimônia.
Nuzman chegará trazendo a chama olímpica em uma lanterna para acendimento da pira. Em seguida Dilma recebe das mãos do presidente do Comitê a tocha olímpica, que será entregue para a bicampeã olímpica Fabiana Claudino (vôlei) que descerá a rampa com a tocha acesa, dando início ao revezamento.
Neste momento, sete aeronaves da Esquadrilha da Fumaça vão sobrevoar a Esplanada dos Ministérios.
Brasília foi escolhida para iniciar o revezamento da Tocha Olímpica, que vai durar 95 dias até o dia de abertura do evento. A chama percorrerá 20 mil quilômetros por rodovias e 10 mil milhas aéreas.
Segundo o governo, mais de 12 mil pessoas em 335 cidades terão a oportunidade de carregar o Fogo Olímpico.
A jornada da Chama começou no dia 21 de abril, em Olímpia, na Grécia, cidade-berço dos Jogos e termina em 5 de agosto, no Rio de Janeiro, no acendimento da Pira Olímpica, na Cerimônia de Abertura da competição.
Brasília - Mesmo resignada e já aceitando que o seu governo está próximo do fim por conta do processo de impeachment em andamento, a presidente Dilma Rousseff deve usar a cerimônia da passagem da Tocha Olímpica nesta terça-feira, 03, para tentar passar a imagem de que o governo ainda "não jogou a toalha".
A ideia de mostrar "que o jogo só acaba quando termina", entretanto, tende a ser mais comedida, já que o evento de caráter internacional "engessa" a cerimônia.
Além de Dilma, devem discursar o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; o ministro do Esporte, Ricardo Leyser; e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
A escolha do Rio como sede da Olimpíada foi uma bandeira bastante usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em sua gestão conseguiu também concretizar a realização da Copa do Mundo em 2014.
Os dois eventos esportivos sempre foram defendidos pelo governo petista pelo "legado" que deixariam ao País.
Na semana passada, em entrevista à CNN Internacional, Dilma admitiu que ficará "muito triste" se não estiver à frente da Presidência durante os Jogos Olímpicos justamente pelo esforço que o governo empregou no evento.
"Se isso acontecer, eu ficarei muito triste porque nós fizemos um enorme esforço no espírito de parceria com o governo do Rio de Janeiro e nos engajamos num esforço no qual aprendemos muitas lições da recente Copa do Mundo", disse.
A presidente afirmou ainda que o evento deixará "um legado na forma de melhoras urbanas para o Rio de Janeiro. Eu gostaria muito de participar das Olimpíadas porque eu ajudei a construir desde o primeiro dia a matriz de responsabilidade", disse à CNN Internacional.
Em 2009, quando o Rio conquistou o direito de sediar o evento - desbancando Madri, Tóquio e Chicago - Lula participou da cerimônia em Copenhague, na Dinamarca, com "uma delegação de peso".
Além do ex-jogador Pelé, o ex-presidente contou com a companhia, por exemplo, do então presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, hoje cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo de Michel Temer.
Segundo interlocutores da presidente, nestas duas últimas semanas de governo - antes da votação do impeachment no Senado, que pode afastá-la por até 180 dias - Dilma vai intensificar a agenda de eventos pelo País e também deve anunciar novas medidas - como a exemplo da correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste do Bolsa Família, anunciados em evento por conta do Dia do Trabalho, no último domingo.
Evento
A previsão é que a tocha chegue a Brasília por volta das 6 horas, mas desde às 3 horas da madrugada, quando a aeronave ingressar no espaço aéreo brasileiro, ela será monitorada pelo sistema de controle de tráfego aéreo.
Dilma discursará por volta das 10 horas, logo após recepcionar o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que entrará com a tocha por uma entrada lateral do Planalto, às 8h50.
Nuzman irá até a sala de Dilma e juntos os dois descerão a rampa interna do Planalto para a cerimônia.
Nuzman chegará trazendo a chama olímpica em uma lanterna para acendimento da pira. Em seguida Dilma recebe das mãos do presidente do Comitê a tocha olímpica, que será entregue para a bicampeã olímpica Fabiana Claudino (vôlei) que descerá a rampa com a tocha acesa, dando início ao revezamento.
Neste momento, sete aeronaves da Esquadrilha da Fumaça vão sobrevoar a Esplanada dos Ministérios.
Brasília foi escolhida para iniciar o revezamento da Tocha Olímpica, que vai durar 95 dias até o dia de abertura do evento. A chama percorrerá 20 mil quilômetros por rodovias e 10 mil milhas aéreas.
Segundo o governo, mais de 12 mil pessoas em 335 cidades terão a oportunidade de carregar o Fogo Olímpico.
A jornada da Chama começou no dia 21 de abril, em Olímpia, na Grécia, cidade-berço dos Jogos e termina em 5 de agosto, no Rio de Janeiro, no acendimento da Pira Olímpica, na Cerimônia de Abertura da competição.