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Dilma destaca esforços para garantir direitos das mulheres

Ela enfatizou a importância do exercício do multilateralismo como forma de relação entre povos, nações e governos

Ao fim do evento, um grupo de participantes se manifestou com palavras de ordem, dizendo: “O direito das mulheres deve ser universal” (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 13h32.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff destacou hoje (21), durante discurso no fórum O Que as Mulheres Querem, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que o governo brasileiro vem fazendo esforços para assegurar os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, como o planejamento familiar. A presidente, no entanto, não comentou especificamente a exclusão do assunto do documento final que os chefes de Estado e de Governo vão assinar ao fim da conferência no Rio de Janeiro.

“Aqui, a palavra-chave para todos é acesso, sobretudo das mulheres. No Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades no acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direito sexuais e reprodutivos, inclusive o planejamento familiar, a gestação, o parto e o puerpério, com assistência de qualidade”, disse no fórum, promovido pela Organização das Nações Unidas - Mulheres (ONU Mulheres).

Ao fim do pronunciamento da presidente brasileira, algumas participantes levantaram faixas lembrando o tema, que foi abordado nos discursos de outras líderes que participaram do encontro. Entre elas, a ex-primeira ministra da Irlanda Mary Robinson, que lamentou o fato de a defesa dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres não ser abordada de “forma clara” no documento final.

“É uma pena que nesse documento não haja uma referência tão clara sobre isso. As mulheres vão ficar cientes disso”, disse, acrescentando que ficou satisfeita com vários elementos do texto que, segundo ela, foi fruto dos esforços das mulheres envolvidas. “Apoio e sempre vou apoiar o trabalho da ONU Mulheres. Não deve haver um retrocesso em princípios fundamentais porque fazer isso seria um sinal que não é necessário para as mulheres do mundo hoje”, completou.


Durante o fórum, Dilma elogiou os esforços da ex-presidente do Chile e atual diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, por ter conseguido “tirar um documento entre todos os países representados”. Ela enfatizou a importância do exercício do multilateralismo como forma de relação entre povos, nações e governos.

“Até recentemente havia a prática do bilateralismo e de posições hegemônicas. Exercer o multilateralismo implica levar em consideração posições diversas das minhas ou de cada um de nós. Avanço é quando temos um padrão mínimo construído por consenso”, ressaltou.

A presidente foi aplaudida pelos participantes do encontro quando defendeu que a expansão da participação das mulheres no mercado de trabalho deve ser acompanhada pelo correspondente engajamento dos homens nas tarefas domésticas, que configura “um trabalho invisível, mas que precisa ser compartilhado e reconhecido, inclusive como contribuição para a economia e as contas públicas”.

Michelle Bachelet encerrou o evento ressaltando que as mulheres enfrentam diferentes condições nos variados países, mas enfatizou que é preciso que um novo paradigma seja construído, com a participação das mulheres, em prol do desenvolvimento sustentável.

“As mulheres devem ser parte disso, o planeta não vai suportar sem um novo paradigma de desenvolvimento sustentável, focado no desenvolvimento central das pessoas, com suas diversidades, e na erradicação da pobreza e de todo o tipo de desigualdade humana”, destacou

Ao fim do evento, um grupo de participantes se manifestou com palavras de ordem, dizendo: “O direito das mulheres deve ser universal”.

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Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff destacou hoje (21), durante discurso no fórum O Que as Mulheres Querem, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que o governo brasileiro vem fazendo esforços para assegurar os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, como o planejamento familiar. A presidente, no entanto, não comentou especificamente a exclusão do assunto do documento final que os chefes de Estado e de Governo vão assinar ao fim da conferência no Rio de Janeiro.

“Aqui, a palavra-chave para todos é acesso, sobretudo das mulheres. No Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades no acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direito sexuais e reprodutivos, inclusive o planejamento familiar, a gestação, o parto e o puerpério, com assistência de qualidade”, disse no fórum, promovido pela Organização das Nações Unidas - Mulheres (ONU Mulheres).

Ao fim do pronunciamento da presidente brasileira, algumas participantes levantaram faixas lembrando o tema, que foi abordado nos discursos de outras líderes que participaram do encontro. Entre elas, a ex-primeira ministra da Irlanda Mary Robinson, que lamentou o fato de a defesa dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres não ser abordada de “forma clara” no documento final.

“É uma pena que nesse documento não haja uma referência tão clara sobre isso. As mulheres vão ficar cientes disso”, disse, acrescentando que ficou satisfeita com vários elementos do texto que, segundo ela, foi fruto dos esforços das mulheres envolvidas. “Apoio e sempre vou apoiar o trabalho da ONU Mulheres. Não deve haver um retrocesso em princípios fundamentais porque fazer isso seria um sinal que não é necessário para as mulheres do mundo hoje”, completou.


Durante o fórum, Dilma elogiou os esforços da ex-presidente do Chile e atual diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, por ter conseguido “tirar um documento entre todos os países representados”. Ela enfatizou a importância do exercício do multilateralismo como forma de relação entre povos, nações e governos.

“Até recentemente havia a prática do bilateralismo e de posições hegemônicas. Exercer o multilateralismo implica levar em consideração posições diversas das minhas ou de cada um de nós. Avanço é quando temos um padrão mínimo construído por consenso”, ressaltou.

A presidente foi aplaudida pelos participantes do encontro quando defendeu que a expansão da participação das mulheres no mercado de trabalho deve ser acompanhada pelo correspondente engajamento dos homens nas tarefas domésticas, que configura “um trabalho invisível, mas que precisa ser compartilhado e reconhecido, inclusive como contribuição para a economia e as contas públicas”.

Michelle Bachelet encerrou o evento ressaltando que as mulheres enfrentam diferentes condições nos variados países, mas enfatizou que é preciso que um novo paradigma seja construído, com a participação das mulheres, em prol do desenvolvimento sustentável.

“As mulheres devem ser parte disso, o planeta não vai suportar sem um novo paradigma de desenvolvimento sustentável, focado no desenvolvimento central das pessoas, com suas diversidades, e na erradicação da pobreza e de todo o tipo de desigualdade humana”, destacou

Ao fim do evento, um grupo de participantes se manifestou com palavras de ordem, dizendo: “O direito das mulheres deve ser universal”.

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