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Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade

Comissão investigará os crimes contra os direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988

Entre os sete integrantes da comissão está Rosa Maria Cardoso da Cunha, amiga pessoal de Dilma e advogada que defendeu vários presos políticos durante a ditadura
 (Spencer Platt/Getty Images)

Entre os sete integrantes da comissão está Rosa Maria Cardoso da Cunha, amiga pessoal de Dilma e advogada que defendeu vários presos políticos durante a ditadura (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h10.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira os nomes dos sete membros da Comissão da Verdade, que investigará os crimes contra os direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988).

Entre os sete integrantes da comissão está Rosa Maria Cardoso da Cunha, amiga pessoal de Dilma e advogada que defendeu vários presos políticos durante a ditadura, segundo a lista anunciada pela Presidência.

Os demais designados são José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Cláudio Fontelles (ex-subprocurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).

A Comissão da Verdade será instalada oficialmente na próxima quarta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto na qual estarão presentes todos os ex-presidentes eleitos democraticamente: José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Criada por iniciativa do Congresso, essa comissão terá dois anos para ouvir depoimentos, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos humanos.

De acordo com o texto sancionado, a comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo.

Ao sancionar a criação do grupo em novembro do ano passado, Dilma afirmou que as investigações não buscarão nem revanchismos nem a vingança, mas impulsionar a 'construção da verdade e da memória' para melhorar a democracia do país.

A própria Dilma foi torturada e passou dois anos em uma prisão nos anos 1970 por sua militância em grupos de esquerda contrários à ditadura.

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