"Temos várias linhas de investigação. Uma delas foi revelada de público e, por isso, eu comento, que foi a divulgação do boato por via telefônica. No mais, todos os outros fatos são considerados", disse Cardozo (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2013 às 21h56.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, considerou nesta segunda-feira ser "difícil" que a antecipação do depósito do Bolsa Família pela Caixa Econômica Federal tenha sido a origem dos boatos que provocaram tumulto entre os beneficiários do programa.
"Tudo é investigado, nada se descarta. Porém, o que quero observar, a priori, mas é uma opinião pessoal, parece difícil você associar essas duas situações numa relação de causa e efeito", disse. "Você tem uma série de indicadores que, realmente, parece não demonstrar, não haver uma relação de causa e efeito", acrescentou.
Cardozo não foi preciso ao falar sobre o momento em que teve a informação de que a Caixa Econômica antecipou o pagamento do Bolsa Família.
"Eu recebi a informação da situação no domingo de manhã, quando falei com o presidente Jorge Hereda. Ele falou-me o que estava acontecendo e liguei para Daiello (Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal), que, inicialmente, abriu o inquérito", afirmou. Em outro momento, disse: "Eu soube na segunda-feira numa conversa com Jorge Hereda".
Ao lado de o Daiello, Cardozo disse que não daria detalhes do andamento das investigações, apenas comentaria o que tinha sido divulgado.
"Temos várias linhas de investigação. Uma delas foi revelada de público e, por isso, eu comento, que foi a divulgação do boato por via telefônica. No mais, todos os outros fatos são considerados", afirmou. Na mesma linha, o diretor-geral da PF disse que não tinha como dar mais informações para não atrapalhar as investigações.