Brasil

Detentos mantêm controle de presídio no RN

Presos não davam sinal de confronto, só permaneciam soltos do lado de fora do pavilhão

Presídio de Alcaçuz: governo precisa reformar a área onde houve o motim para que os presos possam voltar, mas não há previsão (Josemar Goncalves/Reuters)

Presídio de Alcaçuz: governo precisa reformar a área onde houve o motim para que os presos possam voltar, mas não há previsão (Josemar Goncalves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 09h09.

Natal - Detentos do Presídio Rogério Coutinho Madruga ainda detinham o controle da unidade 48 horas depois do início do motim, que culminou com o assassinato de 26 presos na Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, vizinha ao local e invadida durante a ocorrência.

Apesar de não darem sinais de confronto ou baderna, eles permaneciam soltos do lado de fora do pavilhão, que funciona no mesmo terreno de Alcaçuz.

De acordo com o tenente Edmilson Pauli, da Companhia Independente de Guarda Penitenciária, o local abriga presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Presidiários ligados ao Sindicato do Crime estão no pavilhão 1 de Alcaçuz.

Com segurança reforçada pela Força Nacional, a expectativa é de que não houvesse tumulto no estabelecimento carcerário na madrugada desta terça-feira, 17.

Para fazer com que os presos retornem ao interior da unidade, o governo do Estado terá de reformar as estruturas atingidas pela rebelião de sábado, o que ainda não tem prazo para ocorrer.

O presídio Rogério Coutinho foi inaugurado em 2012 e, com capacidade para 400 presos, foi usado inicialmente como o quinto pavilhão de Alcaçuz. Passou posteriormente a contar com direção própria e ser separado da unidade.

A Polícia Militar e agentes penitenciários chegaram a entrar no pavilhão 4 e no Coutinho Madruga para retirar cinco detentos apontados como líderes da rebelião.

Eles seriam levados para prestar depoimento à Polícia Civil e depois transferidos a uma unidade não revelada.

Foram apontados como envolvidos os detentos Paulo da Silva Santos, João Francisco dos Santos, José Cândido Prado, Paulo Márcio Rodrigues de Araújo e Tiago Souza Soares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Natal (RN)PrisõesRio Grande do NorteSegurança pública

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar