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Destino de Miller e Joesley em jogo nesta sexta-feira

Investigadores da PGR tomam nesta sexta-feira o depoimento do ex-procurador Marcello Miller

Joesley Batista: Rodrigo Janot pode pedir sua prisão nas próximas horas (Leonardo Benassatto/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 07h25.

Enquanto o Brasil parou para o feriadão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) trabalha a pleno vapor. Investigadores tomam nesta sexta-feira o depoimento do ex-procurador Marcello Miller, cujo nome aparece nas conversas entre Joesley Batista e Ricardo Saud divulgadas nesta semana.

A PGR exige explicações convincentes sobre uma suposta influência do então braço direito de Rodrigo Janot nas tratativas para fechar um infalível acordo de colaboração, incluindo a orientação para grampear o presidente Michel Temer para entregar como prova.

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Miller foi exonerado em abril, mas as conversas entre Joesley e Saud mostram contato entre eles em data anterior. Nesta quinta-feira, a PGR tomou depoimento do empresário Joesley Batista, do executivo Ricardo Saud e do advogado Francisco de Assis. O trio negou qualquer influência de Miller nas negociações ou obtenção de provas.

Joesley afirmou em depoimento, segundo informação do jornal Folha de S. Paulo, que foi apresentado a Miller pela advogada Fernanda Tórtima, que atua para a JBS, porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa e que foram feitas apenas consultas informais ao procurador sobre procedimentos gerais de um acordo de colaboração. Joesley disse ainda que acreditava que Miller, àquela época, não fazia mais parte do MPF.

Nos diálogos, contudo, os executivos citam, além do procurador, políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal. Falam em “proteção” de conhecidos que teriam participado em crimes. O depoimento de Miller nesta sexta será determinante para que a PGR decida se houve omissão ou má-fé, o que justificaria rever os benefícios. Rodrigo Janot pode tomar uma decisão já nesta sexta, revogar a imunidade dos delatores, e pedir a prisão de Joesley ao Supremo Tribunal Federal. Miller pode entrar no pacote. Feriadão agitado.

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