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Deslizamentos matam 8 e até 13 estão desaparecidos no RJ

Um único deslizamento atingiu oito casas perto da BR-393 e deixou sete mortos; há deslizamentos de terra e estradas interditadas por postes, árvores e terra acumulados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 20h23.

Rio de Janeiro - Ao menos 8 pessoas morreram e até 13 podem estar soterradas após dois deslizamentos de terra nesta segunda-feira em Sapucaia, município no interior do Estado do Rio de Janeiro, na divisa com Minas Gerais, uma das regiões mais castigadas pelas chuvas de verão no Sudeste do país.

Um único deslizamento atingiu oito casas perto da BR-393 e deixou sete mortos, enquanto outra morte aconteceu numa casa separada em outro ponto da cidade, de acordo com a Defesa Civil do município.

Os sete corpos foram encontrados até o início da tarde, e até 13 pessoas ainda podem estar soterradas, disseram as autoridades responsáveis pelo resgate.

Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham na operação de busca e salvamento no local. Cães farejadores e voluntários também auxiliam nas buscas.

"Já vínhamos monitorando muitas áreas de risco na cidade e conseguimos tirar muitas pessoas de suas casas, mas nesse local onde houve o deslizamento não havia nenhum sinal de que o perigo fosse iminente", disse à Reuters por telefone o coordenador da Defesa Civil de Sapucaia, Marco Antônio Teixeira.

A chuva em Sapucaia começou no fim de semana e até o início da tarde desta segunda ainda não havia parado. Cerca de 50 casas em áreas de risco na cidade tiveram de ser esvaziadas às pressas e os moradores foram levados para abrigos improvisados.


Na cidade há vários deslizamentos de terra e estradas interditadas por postes, árvores e terra acumulados, de acordo com a Defesa Civil.

O município de Sapucaia, no Centro-Sul do Rio de Janeiro, faz divisa com Minas Gerais, Estado que vem sendo castigado pelas chuvas desde o ano passado e onde há mais de 100 cidades em estado de emergência. Em Minas são 12 os mortos desde o início de outubro, quando começou a estação das chuvas no Estado.

Em janeiro de 2011, o Estado do Rio sofreu uma tragédia por causa das chuvas concentradas principalmente na região Serrana, com cerca de 900 mortos em decorrência de gigantescos deslizamentos de terra.

Neste início de ano já são quase 15 mil pessoas fora de suas casas no Estado, mas apenas uma morte foi confirmada antes dos deslizamentos em Sapucaia. Nesta segunda-feira, a chuva atingiu intensamente o distrito da Posse, em Petrópolis, onde 30 casas foram interditadas e uma residência desabou.

A presidente Dilma Rousseff fez uma reunião com ministros em Brasília na manhã desta segunda-feira para tratar das chuvas e determinou um reforço no monitoramento de regiões sensíveis nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Serão enviados 35 geólogos e 15 hidrólogos para as regiões mais afetadas.

Segundo previsões do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), as chuvas devem continuar fortes até quarta-feira, quando o clima deve melhorar no Sudeste.

Há alerta de risco alto para a região metropolitana de Belo Horizonte e para a região das cidades históricas mineiras, como Ouro Preto, onde já ocorreram diversos deslizamentos de terra, além da grande Vitória (ES) e região Serrana do Rio.

Outro dique rompido

No domingo, um segundo dique de contenção se rompeu no norte do Estado do Rio em consequência das chuvas, obrigando as autoridades a iniciarem à noite a remoção às pressas de cerca de mil pessoas no município de Cardoso Moreira.


O dique do Onça se rompeu no fim da tarde por causa da força das águas do rio Muriaé, que corta a região. Com as chuvas de verão na área neste ano, o nível do rio subiu bastante e a água invadiu uma área rural da cidade conhecida como Outeiro, onde vivem cerca de mil pessoas.

Na semana passada, um dique na rodovia BR-356 se rompeu com a força da chuva, abrindo uma cratera de mais de 20 metros na via e inundando uma localidade vizinha chamada Três Vendas, na cidade de Campos, também no Norte fluminense.

Cerca de 4 mil pessoas ficaram em situação de risco e foram orientadas a sair de suas casas inundadas pela água do rio. No entanto, temendo saques e furtos, muitos decidiram ficar em casa.

O secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou nesta segunda-feira medidas e obras para evitar futuras inundações, enchentes e transbordamento de rios.

O orçamento previsto é de cerca de 850 milhões de reais em projetos de infraestrutura, como construção e recuperação de barragens, canais e diques nos principais rios do Estado como Pomba, Muriaé e Paraíba do Sul.

"Essa é uma solução estruturante para resolver o problema da enchente", declarou Minc.

Na chuva de 2011, na região Serrana, outras promessas foram feitas, mas poucas saíram do papel. Das mais de 70 pontes anunciadas, apenas uma foi concluída. As licenças de obras só foram liberadas em novembro, embora as verbas estivessem à disposição desde março.

"Nós ajudamos a melhorar os projetos e quando a versão definitiva chegou eles foram liberados, licenciados em 10 dias", acrescentou Minc.
Em todo o Estado do Rio, são cerca de 10.500 pessoas fora de suas casas em razão da chuva de verão e outras 2.300 estão desabrigadas, segundo a Defesa Civil.

Em Minas Gerais, a mineradora Vale informou que o mau tempo está provocando paradas "ocasionais" na produção de minério de ferro no Estado.

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Um único deslizamento atingiu oito casas perto da BR-393 e deixou sete mortos, enquanto outra morte aconteceu numa casa separada em outro ponto da cidade, de acordo com a Defesa Civil do município.

Os sete corpos foram encontrados até o início da tarde, e até 13 pessoas ainda podem estar soterradas, disseram as autoridades responsáveis pelo resgate.

Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham na operação de busca e salvamento no local. Cães farejadores e voluntários também auxiliam nas buscas.

"Já vínhamos monitorando muitas áreas de risco na cidade e conseguimos tirar muitas pessoas de suas casas, mas nesse local onde houve o deslizamento não havia nenhum sinal de que o perigo fosse iminente", disse à Reuters por telefone o coordenador da Defesa Civil de Sapucaia, Marco Antônio Teixeira.

A chuva em Sapucaia começou no fim de semana e até o início da tarde desta segunda ainda não havia parado. Cerca de 50 casas em áreas de risco na cidade tiveram de ser esvaziadas às pressas e os moradores foram levados para abrigos improvisados.


Na cidade há vários deslizamentos de terra e estradas interditadas por postes, árvores e terra acumulados, de acordo com a Defesa Civil.

O município de Sapucaia, no Centro-Sul do Rio de Janeiro, faz divisa com Minas Gerais, Estado que vem sendo castigado pelas chuvas desde o ano passado e onde há mais de 100 cidades em estado de emergência. Em Minas são 12 os mortos desde o início de outubro, quando começou a estação das chuvas no Estado.

Em janeiro de 2011, o Estado do Rio sofreu uma tragédia por causa das chuvas concentradas principalmente na região Serrana, com cerca de 900 mortos em decorrência de gigantescos deslizamentos de terra.

Neste início de ano já são quase 15 mil pessoas fora de suas casas no Estado, mas apenas uma morte foi confirmada antes dos deslizamentos em Sapucaia. Nesta segunda-feira, a chuva atingiu intensamente o distrito da Posse, em Petrópolis, onde 30 casas foram interditadas e uma residência desabou.

A presidente Dilma Rousseff fez uma reunião com ministros em Brasília na manhã desta segunda-feira para tratar das chuvas e determinou um reforço no monitoramento de regiões sensíveis nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Serão enviados 35 geólogos e 15 hidrólogos para as regiões mais afetadas.

Segundo previsões do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), as chuvas devem continuar fortes até quarta-feira, quando o clima deve melhorar no Sudeste.

Há alerta de risco alto para a região metropolitana de Belo Horizonte e para a região das cidades históricas mineiras, como Ouro Preto, onde já ocorreram diversos deslizamentos de terra, além da grande Vitória (ES) e região Serrana do Rio.

Outro dique rompido

No domingo, um segundo dique de contenção se rompeu no norte do Estado do Rio em consequência das chuvas, obrigando as autoridades a iniciarem à noite a remoção às pressas de cerca de mil pessoas no município de Cardoso Moreira.


O dique do Onça se rompeu no fim da tarde por causa da força das águas do rio Muriaé, que corta a região. Com as chuvas de verão na área neste ano, o nível do rio subiu bastante e a água invadiu uma área rural da cidade conhecida como Outeiro, onde vivem cerca de mil pessoas.

Na semana passada, um dique na rodovia BR-356 se rompeu com a força da chuva, abrindo uma cratera de mais de 20 metros na via e inundando uma localidade vizinha chamada Três Vendas, na cidade de Campos, também no Norte fluminense.

Cerca de 4 mil pessoas ficaram em situação de risco e foram orientadas a sair de suas casas inundadas pela água do rio. No entanto, temendo saques e furtos, muitos decidiram ficar em casa.

O secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou nesta segunda-feira medidas e obras para evitar futuras inundações, enchentes e transbordamento de rios.

O orçamento previsto é de cerca de 850 milhões de reais em projetos de infraestrutura, como construção e recuperação de barragens, canais e diques nos principais rios do Estado como Pomba, Muriaé e Paraíba do Sul.

"Essa é uma solução estruturante para resolver o problema da enchente", declarou Minc.

Na chuva de 2011, na região Serrana, outras promessas foram feitas, mas poucas saíram do papel. Das mais de 70 pontes anunciadas, apenas uma foi concluída. As licenças de obras só foram liberadas em novembro, embora as verbas estivessem à disposição desde março.

"Nós ajudamos a melhorar os projetos e quando a versão definitiva chegou eles foram liberados, licenciados em 10 dias", acrescentou Minc.
Em todo o Estado do Rio, são cerca de 10.500 pessoas fora de suas casas em razão da chuva de verão e outras 2.300 estão desabrigadas, segundo a Defesa Civil.

Em Minas Gerais, a mineradora Vale informou que o mau tempo está provocando paradas "ocasionais" na produção de minério de ferro no Estado.

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