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Descontente, Planalto responsabiliza BW por acidente

Na nota oficial, Dilma externou "solidariedade" às famílias das vítimas e disse que a "Petrobras irá cuidar para que a BW preste toda a assistência"


	Na nota oficial, Dilma externou "solidariedade" às famílias das vítimas e disse que a "Petrobras irá cuidar para que a BW preste toda a assistência às famílias envolvidas"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Na nota oficial, Dilma externou "solidariedade" às famílias das vítimas e disse que a "Petrobras irá cuidar para que a BW preste toda a assistência às famílias envolvidas" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 11h32.

Brasília/Rio de Janeiro - Insatisfeita com os esclarecimentos da Petrobras sobre a explosão do navio plataforma da norueguesa BW offshore na quarta-feira, na costa do Espírito Santo, a presidente Dilma Rousseff emitiu um nota inusual nesta quinta-feira para reforçar que a assistência aos trabalhadores é de responsabilidade da empresa estrangeira.

Na nota oficial, Dilma externou "solidariedade" às famílias das vítimas e disse que a "Petrobras irá cuidar para que a BW preste toda a assistência às famílias envolvidas", num esclarecimento pouco comum em notas da Presidência da República.

Para o Palácio do Planalto, segundo uma fonte ouvida pela Reuters, não havia ficado claro o suficiente nas explicações prestadas pela Petrobras que a operação do navio plataforma era de responsabilidade da BW offshore. A tripulação do navio era formada por funcionários próprios e terceirizados da norueguesa BW Offshore e apenas um fiscal da Petrobras, segundo o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.

Rangel, que ocupou a cadeira do Conselho de Administração da Petrobras em 2013, quando tinha como uma de suas principais bandeiras um Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, criticou a iniciativa da Petrobras de afretar navios.

"Não vou dizer que a Petrobras teria mais força para evitar um acidente como esse, mas o fato concreto é que a Petrobras e os sindicatos que representam seus funcionários têm mecanismos de cobrança de práticas de segurança muito fortes", afirmou.

"Essas plataformas terceirizadas têm sindicatos de fachada, que representam os funcionários com interesses próprios, sem comprometimento", acrescentou.

Com a eleição no novo conselheiro Deyvid Bacelar, também apoiado pela FUP, Rangel afirmou que os funcionários vão buscar levar essa demanda, de evitar o afretamento de plataformas, ao Conselho.

A explosão a bordo do navio plataforma FPSO Cidade de São Mateus na costa do Espírito Santo, que ocorreu na quarta-feira, causou a morte de cinco pessoas, sendo que quatro trabalhadores ainda estão desaparecidos, informou a norueguesa BW Offshore, proprietária da embarcação, em um comunicado nesta manhã.

A FPSO Cidade de São Mateus, que armazena e produz petróleo e gás, estava trabalhando para a Petrobras. Segundo boletim mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 25 pessoas estão feridas e quatro permanecem desaparecidas.

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